MATURIDADE ESPIRITUAL
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“Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro...
Mas seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”
(Ef 4.14-15)
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“Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro...
Mas seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”
(Ef 4.14-15)
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PARTE 4
“Já que tendes purificado as vossas almas na
obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração
amai-vos ardentemente uns aos outros”
(1Pe 1.22)
(1Pe 1.22)
Qual é o zelo que você tem pelo seu semelhante?
Quando você vê algum ser humano como você, mas em condição miserável,
revolvendo o lixo para ver se encontra ali algo para comer... qual o
sentimento que surge em seu coração? Você consegue seguir seu caminho
tranquilamente, como se aquela situação não fosse contigo? De alguma
forma você se sente impelido de fazer algo, mas não consegue? Tem medo
de ficar perto daquele mendigo? Não quer sentir o cheio desagradável que
o envolve? Este cenário deixou você desconfortável? Seja sincero... se
sim, é porque você perdeu a afeição por um semelhante seu, mas carente
de recursos. A raça humana é a única que não se sensibiliza com o
sofrimento do seu próximo... todos os outros mamíferos são fraternos
entre si, ajudam uns aos outros com aquilo que têm em comum. O ser
humano é muito mais comovido pelo sofrimento de um animal do que por um
humano semelhante a ele. Por quê? Por causa do pecado que entrou em nós.
O maior prazer do diabo é sujeitar a obra-prima de
Deus à condição de sofrimento e miséria. Nada deixa o diabo mais feliz
do que ver um homem mendigando, comendo lixo, dormindo em calçadas ou
banco de praças, e parece que nós não estamos nos importando muito com
essa terrível realidade.
Fraternidade é a disposição em contribuir para a
satisfação das necessidades do meu semelhante, aliviando-lhe o
sofrimento e trazendo-lhe alívio. Fraternidade é promover a alegria e a
felicidade do meu próximo, exercendo caridade, bondade, hospitalidade,
atenção para com ele, e tudo isso demanda ação – atitude – dedicação.
Fraternidade é realizar o bem necessário na vida do meu próximo.
Estamos vivendo em um mundo cada vez mais
capitalista e consumista. A ordem mundial é que você satisfaça a sua
vontade. Porém isso impõe a cada um de nós uma dedicação às riquezas e
aos prazeres cada vez maior, gerando dentro de nós um muro de separação
entre os humanos, até mesmo cristãos. Hoje o maior muro de segregação
humana que existe não são as diferenças entre raças, mas a diferença
social e financeira entre as pessoas. Estamos sendo conduzidos a nos
relacionar apenas com aqueles que são “realmente” semelhantes a nós: que
dirigem os mesmos carros, que frequentam os mesmos clubes, que vestem
as mesmas roupas... Enfim, que possuem a mesma condição social entre si.
E os necessitados, são problema de quem? Se você leu esse estudo até
aqui é porque certamente possui temor do Senhor em seu coração, e de
alguma forma ama a Deus e quer conhecer a vontade Dele para você...
Então saiba: os pobres carentes são problema seu também – seu e de toda a
Igreja.
“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido.
e atentardes para o que vem com traje esplêndido e lhe disserdes: Senta-te aqui num lugar de honra; e disserdes ao pobre: Fica em pé, ou senta-te abaixo do escabelo dos meus pés,
não fazeis, porventura, distinção entre vós mesmos e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos?
Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?
Mas vós desonrastes o pobre...”
(Tg 2.1-6)
Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido.
e atentardes para o que vem com traje esplêndido e lhe disserdes: Senta-te aqui num lugar de honra; e disserdes ao pobre: Fica em pé, ou senta-te abaixo do escabelo dos meus pés,
não fazeis, porventura, distinção entre vós mesmos e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos?
Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?
Mas vós desonrastes o pobre...”
(Tg 2.1-6)
“Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo?
Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano,
e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos; sem contudo lhes dar as coisas necessárias para o corpo, qual é proveito disso?
Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”
(Tg 2.14-17)
Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano,
e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos; sem contudo lhes dar as coisas necessárias para o corpo, qual é proveito disso?
Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”
(Tg 2.14-17)
Acepção entre rico e pobre é pecado. Cuidar de mim
mesmo e descuidar do pobre carente também é pecado. Lembra do jovem
rico? (Lc 18.18-23). Ele de alguma forma temia ao Senhor, e de alguma
forma até amava a Deus, mas não o suficiente para abrir mão de sua
riqueza em favor dos pobres, conforme o mandamento do Senhor Jesus (“Se
queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás
um tesouro no céu; depois vem e segue- me” - Mt 19.21). Quem o jovem
rico amava mais? A Deus ou a si mesmo? Assim é o mundo em que vivemos, e
assim também muitos cristãos têm agido, amando mais a si mesmos do que
ao seu próximo. Somos muito mais motivados a cuidarmos bem de nós mesmos
e esquecermos que há uma multidão de pessoas carentes que têm em nós a
única esperança de compaixão... eles esperam que sejamos verdadeiramente
humanos.
Alguém pode pensar que a fraternidade não faz
parte do seu ministério... que talvez Jesus não tenha te chamado para
isso... quem pensa assim está enganado!
“E eis que se levantou certo doutor da lei e, para o experimentar, disse: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
Perguntou-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como lês tu?
Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
Tornou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo?
Jesus, prosseguindo, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo. De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo”
(Lc 10.25-37)
Perguntou-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como lês tu?
Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
Tornou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo?
Jesus, prosseguindo, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo. De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo”
(Lc 10.25-37)
Fraternidade é compaixão! Fraternidade é condição
para você se tornar maduro espiritualmente, à semelhança do Filho de
Deus, e isso não é opcional: é condicional para herdar a vida eterna!
(vs. 25 e 37). Só frutifica para a vida eterna quem recebe e pratica a
Palavra de bom coração. Não há quem seja excluído dessa verdade. Não há
mesmo! E a fraternidade é apenas o início do maior e mais importante
degrau para a nossa maturidade espiritual: o amor. Observe que cada
degrau é uma preparação para o degrau que se seguirá, e assim acontece
também entre a fraternidade e o amor. A fraternidade dá início ao ponto
central da vida cristã, onde o Senhor Jesus centralizou toda a sua
mensagem: Amar o próximo como a ti mesmo. Esse é o alvo da nossa
jornada, a seguir...
O oitavo e último degrau: O AMOR
“Eu lhes dou novo mandamento: amem uns aos outros.
Assim como eu vos amei, amem também uns aos outros.
Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos”
(Jo 13.34-35 NTLH)
Assim como eu vos amei, amem também uns aos outros.
Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos”
(Jo 13.34-35 NTLH)
Eu costumo dizer que, se Jesus tivesse que resumir sua mensagem em apenas uma frase, seria: “amem uns aos outros”.
É exatamente aqui neste ponto que o Senhor Jesus está nos esperando!
cada um de nós! Não há quem esteja excluído de chegar aqui neste lugar
chamado amor. Mas que amor é esse? Vamos aproveitar essa oportunidade
para refinar o nosso entendimento sobre o amor o qual o Senhor está
falando.
Se nós tivéssemos que definir Deus em uma só palavra, qual seria? Deus é... amor! (“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”
- 1Jo 4.8). A razão central de toda a criação e de todo o plano eterno
de Deus está firmada nesta maravilhosa palavra: amor. Se Deus criou o
universo por um motivo, esse motivo foi o amor... Se Deus enviou Seu
Filho ao mundo para salvar os pecadores (toda a humanidade!), o motivo
disso foi o amor... Deus é amor, e isso não muda!
Que amor é esse?
Antes de continuarmos falando do amor, precisamos separar as diversas definições para a palavra:
- Amor como impulso por fazer coisas que nos agradam (gr. “thelo”):
Nesta definição de amor se enquadra o amor por coisas (roupas, sapatos, livros, etc), também o amor ao dinheiro e o impulso para comprar sem necessidade (avareza, luxúria). O sentimento de satisfação está intrínseco em seu significado.
Nesta definição de amor se enquadra o amor por coisas (roupas, sapatos, livros, etc), também o amor ao dinheiro e o impulso para comprar sem necessidade (avareza, luxúria). O sentimento de satisfação está intrínseco em seu significado.
- Amor como atração física entre homem e mulher (gr. “‛âgab”):
Aqui se enquadra a sensualidade na relação entre homem e mulher. Também se enquadra a afeição pela beleza, simpatia ou intelectualidade de alguém do sexo oposto. É amor entre os sexos. O sentimento de companhia está intrínseco nessa forma de amor.
Aqui se enquadra a sensualidade na relação entre homem e mulher. Também se enquadra a afeição pela beleza, simpatia ou intelectualidade de alguém do sexo oposto. É amor entre os sexos. O sentimento de companhia está intrínseco nessa forma de amor.
- Amor como a amizade entre amigos e parentes (gr. “phileō”):
Aqui se enquadra o desejo de fazer bem a quem nos agrada. Também se enquadra o sentimento de afeição pessoal – amizade. É o amor que é expresso na forma de abraços, beijos e presentes. O sentimento de carinho está intrínseco nesta forma de amor.
Aqui se enquadra o desejo de fazer bem a quem nos agrada. Também se enquadra o sentimento de afeição pessoal – amizade. É o amor que é expresso na forma de abraços, beijos e presentes. O sentimento de carinho está intrínseco nesta forma de amor.
- Amor incondicional (gr. “agapē”):
Aqui encontramos o amor de Deus. Este é o amor que só Deus possui em si mesmo. É o amor gratuito, voluntário, incondicional e imerecido, que ama sem esperar nenhum retorno. Essa forma de amor não é encontrada em nós, a não ser que Deus nos dê esse amor na forma de dom (virtude). O sentimento de graça está intrínseco no amor de Deus.
Aqui encontramos o amor de Deus. Este é o amor que só Deus possui em si mesmo. É o amor gratuito, voluntário, incondicional e imerecido, que ama sem esperar nenhum retorno. Essa forma de amor não é encontrada em nós, a não ser que Deus nos dê esse amor na forma de dom (virtude). O sentimento de graça está intrínseco no amor de Deus.
Pedro, tu me amas?
Na ocasião em que o Senhor pergunta a Pedro se
este o amava (Jo 21.15-17), o verbo que Jesus utilizou para amar é o
“agapē”, que é o amor gratuito, incondicional e imerecido que Deus tem
por nós. Ágape é o amor que se sobrepõe a tudo, é o amor que está acima
de todas as coisas. É o amor com o qual Deus deseja que amemos. Mas não
foi nessa forma de amor que Pedro respondeu: “Sim Senhor, tu sabes que
te amo”. A forma de amor utilizada por Pedro foi o “phileō”. Todas as
formas de amor, com exceção do ágape, requerem algo em troca, requerem
uma recompensa por amar. Fileo não é um amor gratuito. Isso mostra que
Pedro até este ponto ainda não havia compreendido o amor de Cristo por
ele. Pedro pensava que o amor de Cristo por ele era Fileo, e precisava
ser recompensado por Pedro naquela resposta. Da mesma forma o amor fileo
expressado por Pedro exigia uma contrapartida da parte do Senhor. Por
esse equívoco que Pedro cometeu é que o Senhor perguntou três vezes a
ele se amava o Senhor. Mas o amor de Cristo sempre foi incondicional,
não dependia da contrapartida de Pedro. Jesus nos ama acima de tudo, e
apesar de tudo! Mesmo não sendo merecedores do amor Dele, Ele nos ama.
Esse é o ágape, o amor que Deus deseja encontrar em nós.
“Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo.
Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;
para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?
E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo?
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial”
(Mt 5.43-48)
Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;
para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?
E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo?
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial”
(Mt 5.43-48)
Aqui o Senhor Jesus descreve a nítida diferença
que há entre o amor filo e o amor ágape. O filo é o amor que ama a quem
se agrada. É o amor que exige recompensa, assim: “Se você me amar, eu te
amo; se você me odiar, eu te odeio!”. Seria essa a forma de amor
coerente para com Deus? Para sermos perfeitos como Ele nos mandou que
sejamos, o amor que deve ser encontrado em nós é o ágape: amor que que
ama os inimigos, que ora pelos perseguidores, que faz o bem aos que
odeiam (Lc 6.27), que empresta para quem não tem como restituir (Lc
6.35). Essa é a essência do amor ágape. Numa certa ocasião uma irmã deu a
melhor definição para amor ágape: “Amor é dar o que mais amamos para
quem não merece”.
“O amor seja sem hipocrisia” (Rm 12.9)
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e
dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o
címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”
(1Co 13.1-3)
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”
(1Co 13.1-3)
“Visto que estão ansiosos por terem dons
espirituais, procurem crescer naqueles que trazem edificação para a
igreja” (1Co 14.12 NVI). É verdade que todos desejamos dons espirituais
para exercermos na igreja, para abençoarmos os irmãos, etc... Isso é
legítimo, não há mal nisso. Mas quando Paulo escreveu os versos de 1
Coríntios 13, que ele tinha em mente era ensinar-nos sobre a motivação
correta para exercermos os dons espirituais. Paulo comparou o amor ágape
aos seguintes dons:
- dom de línguas estranhas;
- dom de profecia e revelação;
- dom de conhecimento e sabedoria;
- fé que faz coisas impossíveis;
- compaixão com o próximo;
- renúncia da própria vida.
- dom de profecia e revelação;
- dom de conhecimento e sabedoria;
- fé que faz coisas impossíveis;
- compaixão com o próximo;
- renúncia da própria vida.
Paulo não quis menosprezar esses dons, claro que
são valiosos! Porém o apóstolo colocou o amor ágape acima de todos eles,
de modo que se ele mesmo tivesse todos esses dons mas não tivesse o
amor, para nada esses dons seriam aproveitados, para nada serviriam! Não
temos dúvida que todos esses dons são importantes, desejáveis e úteis
para a igreja, porém exercê-los sem ter o amor ágape é inútil. Paulo
recomenda que procuremos com zelo os dons espirituais, mas acima de
tudo, que sigamos o amor, o dom maior de todos. Além disso, Paulo
caracterizou esse amor com as seguintes qualidades: O amor...
- é paciente;
- é benigno;
- não arde em ciúmes;
- não se vangloria;
- não se ensoberbece;
- não se porta inconvenientemente;
- não busca os seus próprios interesses;
- não se irrita;
- não suspeita mal;
- não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
- tudo sofre;
- tudo crê;
- tudo espera;
- tudo suporta.
- é benigno;
- não arde em ciúmes;
- não se vangloria;
- não se ensoberbece;
- não se porta inconvenientemente;
- não busca os seus próprios interesses;
- não se irrita;
- não suspeita mal;
- não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
- tudo sofre;
- tudo crê;
- tudo espera;
- tudo suporta.
Ah! que padrão alto de amor, não é mesmo? Ah se
fôssemos passar nossas motivações por uma peneira... Ai ai! Muito pouco,
quase nada passaria! Paulo afirma que tudo o que não é perfeito será
aniquilado, permanecendo apenas o que é perfeito, o amor:
“O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá”
(1Co 13.8)
(1Co 13.8)
Certa vez Jesus afirmou que do amor ágape dependem
toda a lei e os profetas (Mt 22.36-40). O amor de Deus (agape) é a mais
elevada expressão de Deus em seu relacionamento com a criação; e também
a mais elevada expressão do homem com o seu Criador e com o seu
próximo.
O alvo do nosso amor
Deus deve ser o primeiro e supremo alvo do nosso
amor. Ele deve ser amado de todo coração, mente e alma (“Mestre, qual é o
grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento” - Mt 22.36-37). Assim como Deus é o único Senhor (“Ouve, ó
Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas
forças” - Dt 6.4-5), Criador único e de natureza indivisível, da mesma
forma o nosso amor por Ele não pode ser dividido – nosso amor deve ser
inteiro Dele. Esse amor não se refere apenas a termos afeição ou
sentimento (fileo), mas principalmente em obedecer à vontade de Deus,
cuidar e proteger que a vontade de Deus seja cumprida em nós, não
permitindo que nada nos impeça de continuar amando Ele, e buscando
conhecer mais e mais da vontade de Deus de modo que expressar o amor por
Deus através de nossa obediência.
“Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu
Deus requer de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos
os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração e de toda a tua alma, que guardes os mandamentos do Senhor, e os
seus estatutos, que eu hoje te ordeno para o teu bem?”
(Dt 10.12-13)
(Dt 10.12-13)
“Aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e
eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Se alguém me amar, guardará a minha palavra”
(Jo 14.21,23a)
Se alguém me amar, guardará a minha palavra”
(Jo 14.21,23a)
Aquele que verdadeiramente ama a Deus não permite que entre em seu coração o amor pelo dinheiro ou riquezas (“Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro,
ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e
às riquezas” - Mt 6.24), também não se deixa seduzir pelo amor ao mundo (“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” - 1Jo 2.15; “Infiéis,
não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto
qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”
- Tg 4.4). O amor por Deus deve ser zelado, guardado e protegido como
um tesouro, semelhantemente à parábola do tesouro escondido:
“O reino dos céus é semelhante a um tesouro
escondido no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E,
transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele
campo”
(Mt 13.44)
(Mt 13.44)
Sendo Deus o alvo supremo do nosso amor, da mesma
forma o Senhor Jesus – sendo Deus e Filho de Deus – também é igualmente o
alvo supremo do nosso amor. E da mesma forma devemos amar de modo
supremo o Espírito Santo – sendo também Deus e enviado da parte de Deus
para nós. O Deus único – trino – que consiste nas pessoas do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, esse deve ser o alvo supremo do nosso amor.
“Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”
(Mt 22.36-39)
Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”
(Mt 22.36-39)
Se amamos a Deus acima de todas as coisas, amamos
também a obra-prima da criação de Deus, feita à imagem e semelhança de
Deus... O amor ágape, que ama a Deus de modo tão dedicado,
inevitavelmente também amará ao seu próximo como a si mesmo, assim como
ama a Deus. E como é manifestado o amor de Deus em nós, se não através
de compaixão pelo nosso próximo?
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitando, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade”
(1Jo 3.16-18)
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitando, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade”
(1Jo 3.16-18)
Não tem jeito! Se eu digo que “amo a Deus” e não
me compadeço do meu próximo, então o amor de Deus (agape) não está em
mim. O amor de Deus não se alegra com a injustiça... Certa vez o Senhor
advertiu seus discípulos que, se a justiça deles não excedesse em muito à
dos escribas e fariseus (os religiosos daquela época, que o Senhor os
chamava de hipócritas) jamais entrariam no reino dos céus! (Mt 5.20). É
por isso que o sétimo degrau – fraternidade, e o oitavo degrau – amor,
estão ligados entre si. A fraternidade, a compaixão e o amor ágape estão
unidos – são inseparáveis – e sem isso jamais alcançaremos maturidade
espiritual. Como o Ap. Paulo disse certa vez: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino...”
Isso mostra que enquanto Paulo não alcançou esse amor, tudo o que ele
falava, fazia e pensava não tinha os sinais da maturidade, não era
perfeito em seus caminhos... “...quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”.
Só depois que Paulo alcançou no amor ágape a motivação correta para
amar e servir a Deus de todo coração é que ele considerou que finalmente
havia alcançado a maturidade espiritual. Essa é a nossa vocação. Para
isso fomos chamados.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”
(Rm 8.28-29)
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”
(Rm 8.28-29)
“Assim, pois, amados meus, como sempre
obedecestes, não só na minha presença somente, porém muito mais agora na
minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque
Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua
boa vontade.
Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida; para que no dia de Cristo eu me glorie-me de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente”
(Fp 2.12-16)
Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida; para que no dia de Cristo eu me glorie-me de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente”
(Fp 2.12-16)
PALAVRA DE ENCORAJAMENTO
"Porque estas coisas, existindo em vós e em
vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos
no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”
(2Pe 1.8)
(2Pe 1.8)
Amados irmãos, a vontade de Deus para a Sua Igreja
é que ela conheça a plenitude do Filho de Deus. Nós somos chamados para
sermos filhos, e filhos à semelhança do Filho de Deus... como posso
tornar-me semelhante a alguém que não conheço? É necessário, irmãos, que
a Igreja decida não mais “fazer coisas” para Jesus, mas sim tornar-se
uma igreja madura, íntegra, conforme à imagem e semelhança Daquele que é
o modelo.
Certa vez o Ap. Paulo fez uma oração assim:
Certa vez o Ap. Paulo fez uma oração assim:
“Por esta razão dobro os meus joelhos perante o
Pai, do qual toda família nos céus e na terra toma o nome, para que,
segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos
com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé
nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em
amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o
comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo,
que excede todo o entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus”
(Ef 3.14-19)
(Ef 3.14-19)
Que oração! É esse tipo de oração que o Espírito
Santo ardentemente anseia ouvir nesses dias! É isso o que o Senhor quer
fazer com Sua Igreja: conduzi-la ao pleno conhecimento de Cristo,
fazê-la conhecer a inteira plenitude de Deus! Já pensou nisso?
Sinceramente, você acha que nós – cristãos – estamos vivendo a inteira
plenitude de Deus, em toda a sua extensão? Será que nós – a igreja –
temos tido a compreensão do comprimento, largura, altura e profundidade
do amor de Cristo? Porque pensamos ser isso impossível se essa é a
oração do Ap. Paulo a favor dos santos, a Igreja?
Em nome do Senhor Jesus, que essa oração seja respondida através dessa geração! Amém?
“Aquele que desceu é também o mesmo que subiu
muito acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele deu
uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e
outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo;
para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por
todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia
tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor”
(Ef 4.10-16)
(Ef 4.10-16)
É essa condição que o Senhor tanto anseia que a
Sua Igreja alcance: maturidade tal que todos tenhamos uma só fé e que
todos conheçamos a plenitude do conhecimento de Cristo. Ou seja, que
estejamos todos na mesma estatura do Nosso Senhor! Que chegue ao fim o
tempo de meninice... que venha sobre a Igreja de nosso tempo a
maturidade de Cristo a fim de que possamos cumprir de modo completo os
desígnios de Deus para a nossa geração!
Que o Corpo de Cristo se revele glorioso em poder, glória e honra, em meio a essa geração má, nesse tempo final na Terra.
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