segunda-feira, 13 de agosto de 2012

MATURIDADE ESPIRITUAL 3ª PARTE





MATURIDADE ESPIRITUAL
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“Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro...
Mas seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”

(Ef 4.14-15)
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PARTE 3

O quinto degrau: PERSEVERANÇA
“Mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo”
(Mt 24.13)
“Pela vossa perseverança ganhareis a vossa alma”
(Lc 21.29)
A palavra “tribulação” ocorre 42 vezes no Novo Testamento, e sempre se refere aos cristãos passarem por angústia e provação. E a palavra “perseguição” ocorre 45 vezes no Novo Testamento, também referindo-se aos cristãos experimentarem angústia e provação por causa da sua fé. Desde o Pentecostes até o final do século 19, a mensagem que se ouvia na igreja era sobre perseverança em face da tribulação – preparando os cristãos para permanecerem firmes em tempo de angústia – a fim de garantir a esperança da salvação. Infelizmente, desde que o Modernismo entrou na igreja no início do século 20, a mensagem tem sido a satisfação e a realização pessoal – “como cuidar bem da sua própria vida” – fazendo com que os crentes se tornassem almáticos, carnais, ensinando-os a amar a sua própria vida neste mundo – ou seja, uma mensagem totalmente contrária ao Evangelho pregado por Cristo e pela Igreja Primitiva. Jesus prometeu aos seus discípulos que sofreriam tribulações neste mundo, mas que tivessem bom ânimo (Jo 16.33). Jesus também anunciou que nos últimos dias haverá uma tribulação tal como nunca houve desde a criação do mundo nem jamais haverá, e que se esses dias não fossem abreviados, nem os “eleitos” ou “escolhidos” se salvariam (Mc 13.19-20). O Ap. Paulo, em suas viagens missionárias, exortava os discípulos a perseverarem na fé, ensinando que importa aos cristãos entrar no reino de Deus através de muitas tribulações (At 14.22).
Entrar no reino de Deus através de muitas tribulações é algo bem diferente do que se tem ensinado hoje nas igrejas, você não acha? Para que o cristão precisaria de perseverança se todas as coisas ao seu redor vão bem? Porém este não é o cenário prometido para a igreja. Se você está decidido a ser um cristão verdadeiro, seguidor piedoso de Jesus, então prepare-se: você sofrerá perseguição e precisará de perseverança! “Na verdade, todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus sofrerão perseguições” (2Tm 3.12). Você crê que só a Palavra de Deus é a verdade? Os homens podem mentir, mas a Bíblia não mente.
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”
(1Jo 2.15)
“Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”
(Tg 4.4)
Se você é cristão e o mundo está em paz com você, considere que algo pode estar errado! Se as coisas começarem a dar errado para você, sobre qual alicerce sua fé está construída? A palavra perseverança significa “paciência na tribulação”. Se você está se sentindo confrontado com essas palavras, veja o que disse o Ap. Paulo:
“Pelo que, não podendo mais suportar o cuidado por vós, achamos por bem ficar sozinhos em Atenas,
e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus no evangelho de Cristo, para vos fortalecer e vos exortar acerca da vossa fé;
para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmo sabeis que para isto fomos destinados;
pois, quando estávamos ainda convosco, de antemão vos declarávamos que havíamos de padecer tribulações, como sucedeu, e vós o sabeis”

(1Ts 3.1-4)
Perseverança é algo que você descobre que tem só depois que passou pela tribulação. Nunca antes! Saiba disso: Desde o início da Igreja na ocasião do Pentecostes, ela foi perseguida e afligida com tribulação! Foi assim desde o começo e será assim com aqueles que decidiram realmente ser fiéis ao Senhor.
“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições;
pois por um lado fostes feitos espetáculo tanto por vitupérios como por tribulações, e por outro vos tornastes companheiros dos que assim foram tratados.
Pois não só vos compadecestes dos que estavam nas prisões, mas também com gozo aceitastes a espoliação dos vossos bens, sabendo que vós tendes uma possessão melhor e permanente.
Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa.
Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará.
Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma”

(Hb 10.32.39)
Sejamos sinceros, o que é que está em jogo em nossa vida? Por que precisamos sofrer tribulação? Para confirmar se realmente somos cristãos verdadeiros... Antes de sofrer tribulação, não se sabe se um cristão é falso ou verdadeiro. Somente se saberá a verdade depois do cristão ter sido passado por aflição. A Igreja está destinada por Deus a passar por aflições, tribulações, perseguições e angústia. E é bom que seja assim, porque somente dessa maneira se saberá qual é a Igreja verdadeira. A Igreja de Cristo não é aquela que cada vez mais se assemelha com o mundo, que se associa com o conforto e facilidades do mundo, mas sim aquela que cada vez mais se santifica, cada vez mais se purifica, cada vez mais se permite ser refinada pelo fogo, a fim de oferecer a Cristo uma vida genuína que se assemelha à vida Dele, que vive segundo os passos Dele, que segue o exemplo por Ele deixado.
“Quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”

(Rm 8.35-39)
Se você não acha justo que Deus tenha destinado à Igreja que ela viva sob pressão, sendo atribulada, suportando aflições e perseguição, você precisa conhecer a Igreja de Cristo na China, na Coréia do Norte, no Afeganistão, nos países islâmicos, hindus, budistas e onde mais o Evangelho é absolutamente proibido. Vá a lugares onde os cristãos não são bem-vindos e lá você encontrará a verdadeira igreja, aquela que ama a Deus acima de tudo e está disposta a sofrer o que for preciso, e até mesmo morrer se necessário, para que a vontade de Deus seja estabelecida.
“Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”
(Ap 12.11)
Perseverança é paciência na tribulação. Tenho certeza que você quer viver para Deus e agradá-lo fazendo a vontade Dele. Sendo assim prepare-se, pois o que te aguarda é muita tribulação (leia 2Co 11.25-28!). Não desista da sua herança! Persevere! O que está em risco é a salvação da sua alma.

O sexto degrau: PIEDADE
Imagino que você tenha em mente que ser piedoso é decidir viver de modo humilde, talvez como viveu Francisco de Assis, que abriu mão da riqueza para viver entre os pobres... Se você pensa que piedade é isso, você está enganado. O significado correto de piedade é “reverência e obediência irrestrita a uma ordem religiosa”. No contexto da fé cristã, piedade é crer em Deus e ser totalmente reverente à sua vontade e às suas leis, implicando em uma cuidadosa observância da sua Palavra, vivendo uma vida caracterizada com a identidade de Deus e à semelhança de Deus (Noah Webster's Dictionary of American English).
A piedade está caracterizada nas palavras de Jesus:
“Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz”
(Jo 5.19)
“Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar. ...As coisas, pois, que eu falo, como o Pai me tem dito, assim falo”
(Jo 12.49-50)
A piedade também está caracterizada na vida do Ap. Paulo:
“Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!”
(1Co 9.16, compare com Mc 16.15)
“Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram; jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”
(At 20.18-21, compare com Mt 28.19-20 e At 2.37-41)
A piedade também foi encontrada no testemunho dos irmãos de Beréia:
“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram, de fato, assim”
(At 17.11, compare com Jo 5.39)
Porém a piedade não é apenas viver “nos passos” da Palavra de Deus. Os fariseus faziam isso e foram reprovados por Jesus (“se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” – Mt 5.17-20). Piedade é viver a Palavra de Deus, e também a justiça de Deus, e também ser imitador dos atributos de Deus de modo tal que nos pareçamos com Ele no seu caráter e relacionamento. Não que nos tornaremos perfeitos, ainda que Jesus nos ordenou que fôssemos (“sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” – Mt 5.44-48), mas a piedade aponta para a perfeição em nosso caráter e relacionamento com Deus, e consequentemente nosso relacionamento com nosso próximo.
"Ora, depois de lhes ter lavado os pés, tomou o manto, tornou a reclinar-se à mesa e perguntou-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.
Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Em verdade, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”

(Jo 13.12-17)
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”
(Fp 2.5-8)
“Rogo-vos, portanto, que sejais meus imitadores”
(1Co 4.16)
“Assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.
Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”

(1Co 10.33-11.1)
“Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós”
(Fp 3.17)
“Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados;
e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”

(Ef 5.2)
Piedade é imitar a Deus. Assim como Cristo que, sendo Deus, humilhou-se ao lavar os pés dos discípulos (humanos pecadores – inferiores a Ele em natureza e condição), Ele nos deu o exemplo para que nós também façamos como Ele fez. Piedade é amar como Cristo amou, é se compadecer como Cristo também teve compaixão dos que sofrem... Piedade é imitar a Deus, é ser parecido com Ele de modo que não seja necessário falarmos que “somos de Deus”. Não deveria ser necessário anunciar que somos “cristãos”. As pessoas já deveriam saber só em conviver conosco.



Leia agora a Parte 4 desse estudo.

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