MATURIDADE ESPIRITUAL
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“Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro...
Mas seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”
(Ef 4.14-15)
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“Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro...
Mas seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”
(Ef 4.14-15)
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PARTE 2
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho”
(Sl 119.105)
(Sl 119.105)
Você conhece o Deus em quem você crê? Quem é Deus?
Quem é o Pai, o Filho e o Espírito Santo? Qual a história de Deus? De
onde Ele veio? Para onde Ele vai? O que Ele fez durante os 10 mil anos
de história do homem na terra, você sabe? E antes? E depois? Se não
sabe, tem que saber! Como Deus age? Você sabia que Deus tem
personalidade? Aliás, você sabia que, mesmo sendo um único Deus, o Pai, o
Filho e o Espírito Santo possuem personalidade e caráter distintos um
do outro? Qual a fonte para conhecermos essas coisas e então sabermos
quem é o nosso Deus e o seu plano com a humanidade? As Escrituras
Sagradas.
Para que possamos avançar no processo de
amadurecimento espiritual, precisamos não apenas saber em que Deus nós
cremos, mas precisamos realmente conhecê-lo, e a Palavra é a expressão
de Deus para que possamos conhecê-lo verdadeiramente.
Relacionamento com a Palavra
Como deve ser o nosso relacionamento com a Palavra
de Deus? Um excelente padrão para isso está no Salmo 119, que nos
mostra a excelência do conhecimento de Deus através da sua Palavra.
Vejamos alguns versículos desse salmo:
“De todo o meu coração tenho te buscado;
não me deixes desviar dos teus mandamentos”
(Sl 119.10)
não me deixes desviar dos teus mandamentos”
(Sl 119.10)
“Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti”
(Sl 119.11)
(Sl 119.11)
“Deleitar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra”
(Sl 119.16)
(Sl 119.16)
“A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças em todo o tempo”
(Sl 119.20)
(Sl 119.20)
“Deleitar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo”
(Sl 119.47)
(Sl 119.47)
“Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro e prata”
(Sl 119.72)
(Sl 119.72)
“Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo”
(Sl 119.97)
(Sl 119.97)
“Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar!
mais doces do que o mel à minha boca”
(Sl 119.103)
mais doces do que o mel à minha boca”
(Sl 119.103)
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho”
(Sl 119.105)
(Sl 119.105)
“A minha alma observa os teus testemunhos; amo-os extremamente”
(Sl 119.167)
(Sl 119.167)
Uma pergunta: quanto você se dedicaria a algo que é
valioso para você? Pois para o salmista melhor é a lei do Senhor do que
milhares de ouro e de prata! (v. 72). Outra pergunta: o quanto a
Palavra de Deus é doce para você? Pois para o salmista a Palavra de Deus
é mais doce do que o mel! (v. 103).
Nós convidamos você a examinar-se seriamente se o
seu relacionamento com a Palavra de Deus está de acordo com o patamar
encontrado no Salmo 119. Se você não ama ardentemente a Palavra, se você
não se deleita nela, se a Palavra não é a sua maior riqueza... então
precisa rever seriamente sua condição em relação à Palavra. Pense nisso.
A Palavra como alimento
Precisamos comer para permanecermos vivos e
saudáveis, certo? Sabemos que isso é verdade. Porém o Senhor Jesus nos
chama atenção para o que é verdadeiro alimento, mais importante que a
comida natural. Quando Ele foi tentado no deserto, depois de 40 dias sem
comer, declarou ao adversário que nem só de pão viverá o homem, mas de
toda palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4).
Depois das duas ocasiões em que o Senhor
multiplicou os pães e os peixes (Mt 14.13-31; Mt 15.32-38), uma multidão
continuou a segui-lo para saciar a fome, para alimentarem-se. O Senhor
Jesus, vendo a fixação do povo pelo alimento natural, e não por Ele – o
pão vivo que desceu do céu – advertiu o povo com as seguintes palavras:
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas
pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem
vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo”
(Jo 6.27)
(Jo 6.27)
Logo após, o Senhor Jesus fez uma declaração polêmica a respeito do maná que Deus mandou ao povo no deserto:
“Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu;
mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede”
(Jo 6.32-35)
mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede”
(Jo 6.32-35)
E mais adiante, Ele declarou:
“Eu sou o pão da vida.
Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram.
Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer?
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.
Este é o pão que desceu do céu; não é como o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre”
(Jo 6.48-58)
Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram.
Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer?
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.
Este é o pão que desceu do céu; não é como o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre”
(Jo 6.48-58)
Você crê que essa promessa pode cumprir-se na sua
vida, que Ele é amplamente suficiente para saciar sua fome e sede?
Lembre que Jesus ficou 40 dias no deserto! Lembra de Moisés 40 dias na
presença de Deus? (Êx 24.18). Lembra daquele pão que o anjo do Senhor
assou para Elias? Pois aquele pão o sustentou por 40 dias! (1Rs 19.5-8).
Numa experiência sobrenatural, o Ap. João foi ordenado a “comer” o
livro que estava na mão de um anjo (Ap 10.8-10).
Vamos analisar o Santo Lugar, aquela câmara do
Tabernáculo que antecedia o Santo dos Santos. Ali no Santo Lugar havia
apenas três coisas: 1- A mesa dos pães; 2- a mesa do candelabro; e 3- o
altar do incenso. A mesa dos pães ficava imediatamente em frente à mesa
do candelabro... isso nos mostra que ali que aquele pão é iluminado pela
luz do candelabro. Isso é uma representação da obra do Espírito Santo
(o candelabro) que revela (ilumina) a Palavra (os pães) a nós. Sem a
revelação do Espírito Santo, é inútil ler a Palavra (Jo 14.26; 1Co
2.6-16). Só o Espírito Santo nos revela a verdade contida nas
Escrituras. E o altar do incenso, que ficava à frente do véu que dava
acesso ao Santo dos Santos, representa a oração. Isso nos mostra um
lugar de relacionamento, onde é necessário ficarmos por bastante
tempo... orando, falando com Deus (incenso – Ap 5.8), e alimentando-se
da Palavra, à luz do Espírito Santo.
Negligência ao conhecimento da Palavra
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe
falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te
rejeitarei...”
(Os 4.6)
(Os 4.6)
“Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras
nem o poder de Deus”
(Mt 22.29)
nem o poder de Deus”
(Mt 22.29)
“Respondeu-lhes Jesus: Porventura não errais vós em razão de não compreenderdes
as Escrituras nem o poder de Deus?"
(Mc 12.24)
as Escrituras nem o poder de Deus?"
(Mc 12.24)
Por que é tão comum vermos pessoas que permanecem
10, 20 e até 30 anos no mesmo lugar, não progredindo na fé, não
amadurecendo como diz a Palavra de Deus? Por que o amadurecimento
espiritual tão evidente em Pedro, Tiago, João, Paulo, Timóteo, Áquila,
Priscila e tantos outros homens e mulheres de Deus na Bíblia tornou-se
tão raro nos dias atuais? Por que hoje alguém tornar-se maduro segundo o
padrão bíblico é uma exceção, e não uma regra como ocorreu na igreja
primitiva? Por um único e simples motivo: negligência ao conhecimento de
Deus através da sua Palavra.
O ser humano é um ser almático, movido pelas
sensações percebidas pela alma. Se a alma experimenta uma sensação boa,
agradável, então consideramos que isso seja uma coisa “boa” e inserimos
esse fator estimulante da nossa alma em nosso modo de vida.
Até o final do século 19, a igreja cristã tinha
como principal alicerce de sua fé o conhecimento da Palavra. O
ministério de homens como John Wesley, Jonathan Edwards, Conde
Zinzendorf e os irmãos Morávios, Charles Spurgeon, Dwight L. Moody e
tantos outros foram alicerçados por um profundo entendimento da Palavra
de Deus. Já no século 20, com a chegada do Modernismo, a Igreja passou a
não fundamentar mais a fé apenas na Palavra, mas também em experiências
vividas na alma, em ministrações fundamentadas em ciências humanas, que
visavam causar nos ouvintes uma sensação agradável de conforto e
bem-estar em vir à igreja, mas que não causavam arrependimento para
guiá-los até a Cruz de Cristo. Hoje, no século 21, estamos vivendo um
completo distanciamento das verdades bíblicas, dos fundamentos da
Palavra, o que nos obriga a afirmar que estamos vivendo o período de
apostasia profetizada por Jesus (“Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos” – Mt 24.11), e também anunciada pelo Ap. Paulo (“Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia...”
– 2Ts 2.3). Mas o que realmente causa espanto são a exatidão das
palavras de Paulo para Timóteo, prevendo o tempo que estamos vivendo
hoje:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão
para si mestres segundo os seus próprios desejos,
e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas”
(2Tm 4.3-4)
e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas”
(2Tm 4.3-4)
No mesmo espírito de profecia, também o Ap. Pedro anunciou a respeito da apostasia atual:
“Mas houve também entre o povo falsos profetas,
como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão
encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os
resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade;
também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita”
(2Pe 2.1-3)
E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade;
também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita”
(2Pe 2.1-3)
Qual a consequência de negligenciarmos o
conhecimento da Palavra de Deus? Se a palavra é “lâmpada para os meus
pés e luz para o meu caminho”, negligenciar o conhecimento dela
significa sairmos da rota celestial, seguindo por outro caminho
diferente, distanciando-se cada vez mais da vontade de Deus. Não podemos
esperar que assim chegaremos no mesmo lugar que somente a Palavra de
Deus é capaz de nos guiar. Por isso nos demoramos mais nesse degrau,
porque o conhecimento da Palavra de Deus é fundamental para que não
sejamos mais como meninos (Ef 4.14-15), e cresçamos na plenitude de
Deus.
O quarto degrau: DOMÍNIO PRÓPRIO
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma delas”
(1Co 6.12)
(1Co 6.12)
Você tem domínio de si mesmo, de suas vontades, de
resistir às suas tentações? Você tem força para decidir caminhar na
vontade de Deus, sem ceder às pressões desse mundo para te fazer
desistir? Paulo chamou o domínio próprio de “fruto do Espírito” (Gl
5.23), e também classificou o domínio próprio como condição para vencer
na corrida rumo à herança celestial (1Co 9.25). Clemente de Alexandria
definiu que domínio próprio não é um ascetismo – a negação de fazer isso
ou aquilo – mas é usar coisas e fazer coisas de modo continente,
comedido, de modo inteligente, como elas devem ser feitas.
Porém o melhor princípio a ser aplicado com
respeito ao domínio próprio é a concentração de todas as forças e
capacidades do homem a fim de cumprir a vontade de Deus, e renunciar a
qualquer coisa, por mais inocente que possa parecer, que interfira no
completo cumprimento da vontade de Deus. Domínio próprio não se limita à
abstinência de usar ou fazer algo, mas principalmente em dominar-se
mentalmente e fisicamente com a finalidade de cumprir um objetivo.
Quando somos salvos pelo Senhor e regenerados pelo
Espírito Santo – guiando-nos por um caminho de crescimento na fé, somos
então convencidos pelo Senhor através da Sua Palavra a abandonarmos
certas práticas de pecado – a maioria deles bem conhecida – conforme
segue:
“Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus”
(Gl 5.19-21)
(Gl 5.19-21)
“Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;
coisas pelas quais vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;
nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas; mas
agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; não mintais uns aos outros,
pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, e vos
vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou”
(Cl 3.5-10)
(Cl 3.5-10)
“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santidade e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo”
(1Ts 4.3-8)
(1Ts 4.3-8)
“Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte”
(Ap 21.7-8)
(Ap 21.7-8)
“Ficarão de fora os cães (difamadores, caluniadores), os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira”
(Ap 22.15)
(Ap 22.15)
A lista é bem grande... e essas práticas e tantas
semelhantes a essas são as que devemos abandonar de imediato ao
iniciarmos nossa caminhada com Jesus, e isso não é opcional. A herança
para os que praticam essas coisas está bem definida na Palavra de Deus: é
ser condenado ao inferno, eternamente, sem chance de retorno. O Ap.
Paulo certa vez afirmou que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23).
Portanto, o que nos faria pensar que, praticando essas coisas, mesmo
assim seríamos agraciados com a entrada no céu? Não se iluda! Não foi
por acaso que, na escala de crescimento sugerida pelo Ap. Pedro, o
domínio próprio vem logo depois do conhecimento da Palavra, pois é
justamente pela Palavra que o Espírito Santo irá te mostrar e te
convencer dessas coisas (Jo 16.7-11,13).
Mas o domínio próprio não se aplica apenas em
abandonar o pecado e manter uma postura firme contra isso, mas também em
deixar de fazer coisas que até são lícitas, permitidas, que não é
proibido fazer, mas que, por suas consequências, acabam por desagradar a
Deus, tornando-se pecado. Vejamos o texto abaixo citado por Paulo:
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”
(1Co 10.23)
(1Co 10.23)
Certa vez um amigo disse assim: “Abandonar o que é
proibido fazer é fácil; difícil é abandonar o que é permitido fazer”.
Pura verdade! Permita-me fazer uma pergunta: o que você faz do teu tempo
livre? Assiste TV? Lê revistas? Joga videogame? Presumimos que você é
um cristão (ou cristã), é membro de uma igreja e frequenta os cultos e
cumpre seus compromissos no ministério. Não há dúvidas que esses
exemplos citados anteriormente e tantas outras coisas que poderíamos
também citar não constituem pecado por si só. Porém, devemos ter em
mente uma regra: quais são as minhas prioridades? O que é realmente
importante para mim? A que ou a quem eu dedico maior tempo da minha
vida? A nossa dedicação a algo ou alguém é medida através da qualidade
de tempo e/ou quantidade de dinheiro que dispensamos para satisfazer
aquilo que é prioridade para nós. E essa relação é diretamente
proporcional. Não entendeu? O que a regra da dedicação quer dizer é o
seguinte: se você gasta 3 horas por dia assistindo TV ou jogando
videogame e também ora e lê a Bíblia por outras 3 horas do seu dia, isso
mostra que assistir TV ou jogar videogame é tão importante para você
quanto orar e ler a Bíblia. O que você faz ou deixa de fazer falam muito
mais de você do que as suas palavras. Se você dedica 3 horas à TV, isso
nos mostra que a TV é para você tão importante quanto ler a Bíblia e
orar. Agora você está começando a entender o que é dedicação... Mas e se
você se dispõe a comprar um equipamento eletrônico de entretenimento
(um videogame ou uma TV, por exemplo) pela quantia de 2 mil reais, e não
tem a mesma disposição em ofertar esse valor para aliviar o sofrimento
de missionários e cristãos que estão vivendo o reino de Deus em lugares
onde confessar o nome de Jesus é sentença de morte ou punição... podemos
afirmar que o reino de Deus é tão importante para você quanto à
satisfação da tua própria vontade? Não... sejamos sinceros, não é. Agora
você entendeu a regra da dedicação. O Dr. Russel Shedd ensina que um
ídolo é aquilo que damos dedicação igual ou maior que a religião exige.
Ou seja, você até pode dizer de si mesmo que é cristão. Outras pessoas e
até mesmo o teu pastor pode falar muito bem de você como cristão, mas,
se a sua dedicação a outras coisas for maior do que a sua dedicação a
Deus, então o seu deus é aquilo a qual você se dedica mais. Se você
duvida disso, lembre-se do exemplo mostrado pela igreja primitiva:
“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam
suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade
de cada um” (At 2.42). Consegue perceber qual era a prioridade dos
primeiros cristãos? Era repartir os seus bens entre todos para que
ninguém tivesse necessidade. Acha isso impossível? Veja mais um exemplo:
“Da multidão dos que criam, era um só o coração
e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era
sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns
Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade”
(Atos 4.32-35)
Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade”
(Atos 4.32-35)
Isso é dedicação! Os primeiros cristãos
dedicavam-se muito mais ao reino de Deus através dos seus bens do que a
si próprios. E estamos falando apenas em descobrir quem é senhor sobre
mim, se é Deus ou se sou eu mesmo ou qualquer outra coisa... E domínio
próprio é não se deixar dominar por nada, até mesmo por coisas que são
permitidas fazer, mas a dedicação a elas mais do que ao reino de Deus
acaba tornando isso pecado.
“Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.
Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”
(Rm 6.14-16)
E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.
Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”
(Rm 6.14-16)
“...porque aquele que é vencido, é feito escravo do vencedor”
(2Pe 2.19)
(2Pe 2.19)
Apesar de tudo isso, alguém pode argumentar: “Mas
eu não me deixo dominar por nada”. Será? Faça um teste: desligue a TV
por trinta dias... ou o videogame... ou qualquer outra coisa a qual você
se dedica... Alguns são consumidores compulsivos, não conseguem
resistir e não gastar o dinheiro que têm... Pois troque a sua dedicação a
tudo isso por jejuns, orações e leitura da Palavra de Deus, então você
descobrirá quem governa sobre você. Se você permanecer fiel ao voto,
parabéns! Então, permaneça assim por mais trinta dias e depois por mais
trinta dias... Se você conseguir permanecer 90 dias sem fazer aquilo a
qual você antes se dedicava, e isso não mexer em nada com os seus
sentimentos e pensamentos, então verdadeiramente você é livre, tem
domínio sobre si e sobre as coisas que te cercam.
Se porventura você não passar no teste e descobrir
que algo ou alguém domina sobre você, então volte para Deus. O primeiro
passo é o arrependimento, depois volte a caminhar com Ele, falando com
Ele (oração), buscando conhecê-lo (palavra de Deus), fortalecendo o
canal de comunicação com Ele (jejuns), procurando fazer o que agrada a
Ele (separação do mundo – santidade). Agindo assim, você é mais que
vencedor! (Rm 8.35-39).
Leia agora a Parte 3 desse estudo.
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