sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ROMANOS - A OBRA CONSUMADA DE CRISTO


Introdução ao Livro de Romanos

Os argumentos apresentados por Paulo na carta aos Romanos são complexos. O estudo exige bastante atenção para entender o que ele disse, e não o que gostaríamos de ouvir. Estudando assim, recebemos a grande recompensa de fortalecer a nossa fé e aumentar a nossa apreciação pela graça de Deus. Este é o primeiro de uma série de artigos sobre Romanos. É um estudo prático, em que procuraremos entender os pontos principais de cada trecho, e faremos aplicações para ajudar no nosso dia-a-dia.

Circunstância do Livro
 
Romanos Capitulo 1

Paulo nos dá algumas informações sobre a circunstância da carta. Ele fala de planos para visitar Roma depois de terminar a sua viagem (1:10-15). Estava se preparando para levar as ofertas das igrejas da Macedônia e da Acaia aos santos necessitados em Jerusalém. Depois de visitar Jerusalém, queria iniciar outra viagem para a Espanha, parando algum tempo na Itália no caminho (15:22-33). Concluímos que Paulo teria escrito essa carta durante o tempo citado em Atos 20:2-3, quando permaneceu na Grécia por três meses.

A Mensagem aos Romanos

Romanos é um livro de ensinamento profundo e rico. Nela Paulo mostra o problema de todos os homens: “Não há justo, nem um sequer” (3:10); “...pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (3:23); “...o salário do pecado é a morte” (6:23); “...a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram” (5:12).
Mas a mensagem é esperançosa, não pessimista. Paulo descreve o evangelho como “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (1:16). Pecadores são “justificados gratuitamente, por sua graça” (3:24). “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (5:8). “...o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (6:23).
A carta aos Romanos anima os santos nas suas batalhas diárias contra a tentação e outras provações: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.... muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (5:9-10). “...muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de ... Jesus Cristo” (5:17).
Paulo afirma que todas as três pessoas divinas lutam para o nosso bem: “...o mesmo Espírito intercede por nós” (8:26-27). “...Cristo Jesus...também intercede por nós” (8:34). “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (8:31). A participação ativa de Deus em nossa salvação leva a conclusão vitoriosa: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (8:37).
Mesmo tratando de alguns fatos complexos e difíceis de serem compreendidos pelos leitores (até hoje), Paulo comunica sua confiança total na sabedoria de Deus: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos” (11:33).
Como é o costume nas cartas de Paulo, os últimos capítulos de Romanos oferecem diversas aplicações práticas dos princípios apresentados. Reconhecendo a grandeza da graça salvadora de Deus, devemos nos conduzir como servos fiéis, mostrando reverência para com o Senhor, e bondade para com os outros homens.
 
Romanos capítulo 2

A OBRA CONSUMADA DE CRISTO
 
“O Senhor retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à justiça.” Rm 2:6-8
No capítulo 2 da carta aos Romanos, Paulo descreve a maneira de Deus lidar com três tipos de pessoas. Cada uma é acusada de alta traição contra Deus.
 
1 – A pessoa moral e Deus (2:1-11)
 
a) v2:1 - A súplica feita;

A pessoa  moral diz: Eu deveria ser inocentada por não ser tão má quanto alguns pagãos;
A pessoa que julga, o faz por achar ser melhor que o outro não levando em consideração sua natureza carnal e pecaminosa;
Em Mt 7:1-5 O Senhor Jesus nos adverte sobre esta prática de não julgar para não ser julgado, pois com a mesma porção que julgamos o nosso próximo seremos julgados.
 
 
b) 2:1b-11 – A súplica recusada;
 
Rm 2:1b-4 – Deus diz: Praticas as próprias coisas que condenas;
Este é o motivo por Deus recusar a súplica daquele povo, pois apesar de serem justos aos seus próprios olhos, eram reprovados por Deus, por seu mal testemunho e sua vida de pecados.
Em João 8:1-11 Jesus mostra a alguns escribas e fariseus, que levaram até Ele uma mulher flagrada em adultério, que a lei deveria ser obedecida na íntegra e não somente em relação ao pecado do outro, pois é muito fácil nomear o pecado do próximo, mas não é fácil lidar com os nossos próprios pecados.
Rm 2:5-11 Fala dos resultados  de ter a súplica recusada por Deus.
Primeiro por ser objeto da terrível ira de Deus (2:5-8) e depois conhecer dor e sofrimento (2:9-11).
Em Dt 28:15-68 Fala do castigo por não obedecer a Deus.

2 – A pessoa pagã e Deus (2:12-16)
 
a) 2:12-13 – A súplica feita;
A pessoa pagã diz: Eu deveria ser inocentada por causa da minha ignorância.
 
b) – A súplica recusada (2:14-16);
Deus diz: Você possui as testemunhas gêmeas, que são a consciência e a natureza, portanto, serás julgada por essas coisas, e não pela lei escrita.
 
3 - A pessoa religiosa e Deus (2:17-29).
 
a) 2:17-20 -  A súplica feita;
A pessoa religiosa diz: Eu deveria ser inocentada com base no fato de que conheço a lei de Deus e dou aulas de religião.
 
b) 2:21-29 – A súplica recusada;
Deus diz: Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?

Rm 2:21-24 – As marcas deixadas pelos judeus religiosos, foram que, por causa de sua hipocrisia, eles desonravam o nome Santo de Deus entre os gentios.

Rm 2:25-29 – As marcas deixadas pelos judeus redimidos, foi ter um coração reto diante de Deus.
Que o Senhor nos ajude a refletir sobre que tipo de pessoa temos sido em nossa geração, para que a nossa súplica sempre chegue até o trono da graça de Deus como um aroma suave às tuas narinas.
 
ROMANOS Capitulo 3
A OBRA CONSUMADA DE CRISTO
 
I. O QUE É A SALVAÇÃO?

A princípio, pode-se afirmar que ela é o resultado da morte expiatória de Jesus Cristo, na cruz do calvário, que livra o homem da condenação eterna, causada pelo pecado. Leia Efésios 1.7; 2.1. A salvação é:

I. Um ato soberano de Deus. A salvação é um ato da soberana vontade de Deus, que em seu Filho nos reconciliou consigo mesmo. 2 Coríntios 5.18, 19 diz: ‘E tudo isto provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados...’ Observe que a salvação é a demonstração do grande amor de Deus em favor da humanidade, condenada pelo pecado. Leia Romanos 3.10, 11, 23. Ela é oferecida a todos, sem exceção. Em Cristo, todos podem ser salvos, libertos do pecado, tornando-se assim,  filhos de Deus. Leia João 1.12.

II. Um ato da infinita misericórdia de Deus. Você aprendeu que a salvação é um ato soberano do Senhor, porque só Ele pode salvar. È, Também, um ato da infinita misericórdia de Deus, porque é dada graciosamente, mediante a fé, e não mediante os nossos próprios méritos ou boas ações.
O próprio Criador tomou a decisão de reconciliar consigo o homem, que, pela desobediência, havia se afastado dele, tornando-se escravo do pecado e inimigo de quem o criara.
Você precisa saber, também, que a sua salvação custou um alto preço: o sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1.29), imolado pelos nossos pecados, na cruz do calvário, conforme a profecia de Isaías 53. 4-7; porém aos homens foi concedida graciosamente, segundo a misericórdia infinita de Deus. Jamais você pagaria tal resgate para a sua salvação, pois ela não depende de qualquer mérito humano, nem de boas obras. Leia Efésios 2.8,9.
 

 II. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO
 

No tópico anterior, você aprendeu que ‘todos pecaram’ e o salário do pecado é a morte (leia Romanos 6.23). Deste modo, todos necessitam da salvação. Todos precisam arrepender-se dos seus pecados, confessá-los a Deus e abandoná-los definitivamente, aceitando o Dom gratuito de Deus.
 A origem do pecado. Coma o pecado entrou no mundo, como isto aconteceu? Em Gênesis 1.26, 27 lemos que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e o colocou no jardim do Éden, para o lavrar e o guardar. Disse-lhe que todo o fruto ele podia comer, porem, daquele da árvore do conhecimento do bem e do mal, o Senhor lhe proibiu que provasse, pois no dia em que o comesse, certamente morreria. Tratava-se de uma prova de obediência, e Adão devia ser fiel ao Criador. Feito à imagem e semelhança de Deus, o homem possuía livre arbítrio. Estava capacitado a discernir o bem e o mal, o certo e o errado; não era um robô nas mãos do Todo-Poderoso. Obediência incondicional foi a exigência única imposta à criatura humana. Enquanto obedecesse, viveria. Todavia, apesar de usufruir as delícias do Éden e conviver em perfeita harmonia com o Criador, o homem, tentado, pecou e foi destituído da glória com que fora criado, perdendo assim, a comunhão com Deus. Como representante da raça humana, ele transmitiu a toda a sua descendência o estigma do pecado e a condenação da morte. A desobediência de Adão afetou toda a criação, a qual geme e chora sob o peso da maldição (leia Gênesis 3.6, 17-19; e Romanos 8.22); nele todos pecaram, e por ele entrou a morte no mundo. A desobediência dele originou o pecado e condenou à morte toda a sua geração.
Você agora, não precisa temer o juízo final, pois Jesus mediante a sua morte na cruz do Calvário, condenou o pecado e concedeu a vida eterna a todos quantos nele crê. Leia Romanos 8.1. Cristo anulou, por sua morte e ressurreição, os efeitos do pecado, que é a morte eterna. O alvo foi atingido.

III. ASPECTOS DA SALVAÇÃO

São três os aspectos da salvação:

I. Justificação. ‘Como se justificaria o homem para com Deus?’ (Jó 9.2). O homem, morto em seus delitos e pecados, não tinha como justificar-se perante o Todo-Poderoso. Porém, mediante a morte expiatória e substitutiva de Jesus, tornou possível a justificação do transgressor. Como é possível isto? Veja: justificação é um termo judicial que lembra um tribunal, onde Deus, o supremo juiz, absolve o pecador das suas transgressões e o declara justo, isto é, justificado. Desta forma, Deus, o ofendido, reconcilia consigo mesmo o homem, o ofensor.
O que o homem não pôde fazer, Deus o fez por ele. A justiça de Cristo, o justo, é concedida ao ser humano, mediante a graça divina (Romanos 5. 17-19).

II. Regeneração. Trata-se de uma mudança de condição: antes, no pecado, o homem era inimigo de Deus e servo do diabo; agora, feito justo, pela justiça de Cristo que lhe foi concedida, ele se torna membro da família divina, adotado como filho de Deus (João 1.12).
O homem, morto em seus delitos e pecados, nasce de novo. Este novo nascimento é efetuado pelo Espírito Santo em seu interior, mediante o arrependimento e a fé na graça divina.

III. Santificação. Uma vez restaurado à comunhão com Deus, o homem abandona as práticas pecaminosas do passado e separa-se (santifica-se) para o serviço do Senhor. A santificação é um ato do Espírito Santo, no interior do crente, que se reflete nos seus atos exteriores. Portanto, justificação, regeneração e santificação são os três aspectos simultâneos da salvação plena em Cristo Jesus.

Romanos Capitulo 4
A OBRA CONSUMADA DE CRISTO

I. Justificação é pela fé e não pelas obras 4:1-8 
Cada judeu respeitou "Pai Abraão" e desde Gen.15:6 conheceu o fato que Abraão foi justificado pela fé. A aceitação de Abraão por Deus foi tão certa que os judeus referiram-se ao céu como "seio de Abraão" (Lc.16:22). Com esse conhecimento Paulo usa Abraão como exemplo e pergunta, "Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?"
A resposta não é "pelas obras" porque assim Abraão poderia glorificar-se nas suas obras, e nada assim está escrito no Velho Testamento. Mas o Velho Testamento diz: "E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça." (Gen.15:6). Então o dom da vida eterna não veio pelas obras, mas pela fé na palavra de Deus. 
Note que Paulo usa a palavra "imputado" em vers.3-11 e 22. Esta palavra significa, "depositar na conta de alguém".

Justificação significa vida imputada, santificação significa justiça imputada. 

Salvação é ou o galardão pelas obras ou é dom de Deus pela graça, não pode ser mistura das duas coisas. 
O Vs.5 diz que Deus justifica o ímpio e não o justo e esta justificação vem pela fé e não pelas obras.
 
Os judeus pensaram que Deus justificava o homem religioso pelas suas obras, mas Paulo tem provado que "Pai Abraão" foi justificado pela fé. 
Nos vs.6-8, Paulo usa outro exemplo que é o de Davi, grande rei de Israel. Paulo refere-se ao Salmo.32:1-2 para provar que este rei, mais famoso de todo o Israel, ensinou justificação pela fé e sem as obras. 
O crente não tem o pecado imputado à sua conta porque já foi imputado à conta de Jesus Cristo (2Cor.5:21 e Film.18), mas o crente tem a justiça de Cristo imputada a sua conta pela graça de Deus. 

II. Justificação é pela graça e não pela fé 4:9-17 
Agora encontramos uma pergunta importante: "Se Abraão foi justificado pela fé, que importância tem a lei, e que importância tem o pacto que Deus fez com Abraão?" 
Paulo responde a essa pergunta dizendo que a salvação de Abraão aconteceu 14 anos antes que ele tivesse sido circuncidado. Circuncisão foi o selo do pacto. A partir do momento da circuncisão de um jovem, este passa a fazer parte do sistema da lei. Mas Abraão, o PAI DOS JUDEUS, era INCIRCUNCISO quando foi salvo. Circuncisão foi somente um sinal exterior duma mudança interior, como o batismo hoje em dia. 
Nenhuma cerimônia pode produzir mudanças espirituais, mas ainda os judeus da época de Paulo (como muitas pessoas hoje em dia) confiavam nas cerimônias e ignoravam a fé salvadora que Deus exige de todas as pessoas de todas as raças. 
Na realidade, Abraão é o PAI DE TODOS OS CRENTES, de todos os tempos (Gal.3:7,29). Como Paulo disse em Rom. 2:27-29, nem todos os "judeus" são verdadeiramente o Israel de Deus. 
Nos vs.13-17, Paulo compara a lei e a graça, como em vs. 1-8 ele compara a fé e as obras. A chave aqui é a palavra PROMESSA (vs.13,14,16). A promessa de Deus para Abraão que ele havia de ser "o herdeiro do mundo" (aludindo ao reino glorioso governado pela sua descendência, Cristo) não foi dado em relação com a lei ou a circuncisão, mas POR PURA GRAÇA! Quando Deus deu a Abraão a Sua promessa, ele só tinha que crer! A lei nunca foi dada para salvar ninguém; a lei traz somente a ira e revela o pecado. A lei completamente cancela a graça, as obras cancelam a fé, os dois podem existir juntos. Como poderia Abraão ser salvo pela lei quando a lei ainda não tinha sido dado? 
Paulo conclui em vs.16 que justificação vem pela graça, por meio da fé, e é assim que todos (judeus e gentios) podem ser salvos! Então, Abraão não é somente o pai físico dos judeus, mas é "o pai de todos nós",  todos que são da fé dele. 
Leia Gal.3 para saber mais sobre a graça e a lei. 
III. Justificação é pelo poder da ressurreição e não pelas obras 4:18-25 
A primeira parte deste capítulo (1-8) faz uma comparação entre FÉ e OBRAS, a Segunda parte (9-17) faz a comparação LEI e GRAÇA; agora vamos ver nesta terceira parte (18-25) a comparação entre VIDA e MORTE. 
Note que em vs.17, Paulo identifica Deus como aquele que, "VIVIFICA OS MORTOS". Realmente Abraão e Sara eram mortos com referência a produzir filhos (Heb.11:11-12), porque ela tinha 90 anos e ele tinha 100 anos, mas quando nós temos esperança é assim que o Espírito Santo vivifica. 
Devemos admirar a fé de Abraão, porque ele só teve a promessa de Deus de ser pai de uma grande nação, mas ainda ele creu e glorificou a Deus e finalmente recebeu a benção.
A fé de Abraão é um bom exemplo do milagre de salvação. Enquanto o homem está confiando em si mesmo e acha que ainda pode agradar a Deus ele nunca será salvo. Mas quando o homem admite que está morto e perdido e aceita Cristo, Deus o vivificará. O homem que está "fortificado na fé" (vs.20) é o homem salvo e não homem que está fortificado na carne. 
Vamos nos lembrar que Abraão não foi um homem tão especial (vs.23-24), e nós também podemos ser salvos pela fé igual a de Abraão.

Romanos Capitulo 6
A OBRA CONSUMADA DE CRISTO
 

Ressuscitados com Cristo (Romanos 6:1-23)

Se a abundância do pecado possibilitou a superabundância da graça (5:20), alguém poderia deduzir, por uma lógica destorcida, que Deus seria glorificado ainda mais pelo pecado do homem. Paulo responde a essa idéia no capítulo 6, mostrando que o propósito da graça é a libertação do pecado.

Morrer para o pecado (1-7)

V 1 - O servo de Cristo deve viver no pecado para que a graça se torne ainda mais abundante?  V 2 - Absolutamente não! O discípulo de Cristo já morreu para o pecado.

V 3 a 6 - O processo de morrer para o pecado é o mesmo que possibilita a vida em Cristo. Estes versículos são importantes para entender como Deus nos dá a vida, e como participamos da nossa própria salvação. Paulo usa a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo para explicar a nossa salvação. Jesus morreu, foi sepultado e depois ressurgiu para uma nova vida. Nós imitamos o exemplo dele. Morremos para o pecado, somos sepultados no batismo e ressuscitados para uma nova vida.
Neste texto, o Espírito Santo colocou o batismo entre o pecado e a vida em Cristo.
O batismo não é obra de mérito pela qual a própria pessoa ganha a salvação. É obra de obediência pela qual recebemos o perdão dos pecados pela graça de Deus.
Isso não nos surpreende, pois ele falou através do livro sobre a necessidade da obediência (1:5; 2:7-8; 6:16-17; 10:16; 15:18; 16:19,26). Outros textos mostram a importância do batismo para o perdão dos pecados (Atos 2:38; 22:16), para obter a salvação (Marcos 16:16; 1 Pedro 3:21) e para entrar em comunhão com Cristo (Gálatas 3:27).
Esse ensinamento sobre o batismo é importante, mas o argumento principal aqui visa a nova vida da pessoa já ressuscitada. Paulo escreve a cristãos, mostrando a importância de viver como pessoas resgatadas do pecado. O velho homem do pecado foi crucificado com Jesus (6). V 6 e 7 -Deixamos a escravidão ao pecado quando recebemos a justificação.

A Vida em Cristo (8-11)

Participamos da vida espiritual em Cristo. Ele nos dá:
1. A esperança da vida eterna (8);
2. A vitória sobre a morte (9).
3. A comunhão com Deus (10-11).
 
O Pecado Não Domina
 
 V – 12 Uma vez ressuscitados com Cristo, cabe a nós rejeitar o pecado. Na nova vida, não devemos deixar o pecado reinar.
V 13 -  Não devemos nos oferecer ao pecado como servos da iniqüidade. O novo homem, ressuscitado, deve ser servo de Deus.
V 14 - O pecado não domina a pessoa que vive debaixo da graça, como dominava as pessoas que viviam sob a lei.
 
A Liberdade dos Servos (15-23)
 
V 15 - A liberdade da lei não autoriza a libertinagem.
 V 16 a 18 - Todos nós somos servos, ou do pecado ou da justiça.
O servo do pecado é “livre” (não participa) da justiça e da vida. O servo da justiça é livre do pecado e da morte (veja versículos 20-23).
V 19 - Da mesma maneira que dedicamos os nossos corpos ao pecado, no passado, devemos nos dedicar à justiça e à santificação em Cristo.
V 20 - O escravo do pecado se afasta da justiça.
V21 e 23 - Os resultados são a vergonha e a morte.
V 22 - O servo de Deus, porém, foi libertado do pecado.
V 22 e 23 - O caminho dele leva à santificação e à vida eterna.
O salário (merecido pelo homem) do pecado é a morte. O dom gratuito de Deus (não merecido pelo homem) é a vida eterna.
Esta vida vem somente por meio de Jesus Cristo.
Paulo frisa, de novo, o ponto principal desses primeiros capítulos. Tanto judeu como grego depende de Cristo para a salvação. Sem Jesus, ninguém será salvo.
Que o Senhor nos ajude a não somente conhecer sua palavra, mas acima de tudo, saber vivê-la aqui na terra como bons servos de um Deus salvador.

Romanos Capitulo 7
A  OBRA CONSUMADA DE CRISTO
 
A miséria do pecado
 
I. Dois maridos 7:1-6 
Paulo usa a relação conjugal para ilustrar a nossa relação à lei de Deus. Os dois maridos são tipos da lei e do Senhor Jesus Cristo. Uma vez casada com um marido, a esposa está obrigada a ficar com ele até a sua morte. Depois da morte dele, ela está para casar outra vez. 
Antes que encontramos Cristo, estávamos constrangidos pela lei e estávamos condenados pela mesma lei. Depois de aceitar Cristo, a lei não morreu, mas nós morremos em Cristo. Não estamos mais constrangidos pela lei, mas estamos juntados com Cristo pela fé e a lei não pode mais controlar nossas vidas (7:4) .
Quando estávamos perdidos, "as paixões dos pecados" obravam em nossos corpos e a lei não nos ajudou em nada (7:5). Agora com fé em Cristo estamos "livres da lei" e servimos "em novidade de espírito e não na velhice da letra". (7:6) 
Vs.6 não diz que o crente não tem obrigação de obedecer a Deus; realmente nossa obrigação está maior, porque conhecemos Cristo e somos membros da família de Deus. 
Realmente o Novo Testamento exige mais que o Velho Testamento porque ele trata das nossas atitudes internas e não somente das as nossas ações externas. 
O vs.6 ensina que nós não estamos somente obedecendo mecanicamente muitas regras, mas estamos, de coração, obedecendo o Santo Espírito de Deus que cumpre a justiça da lei em nós (8:4) 
 
II. Duas descobertas  7:7-14
 
Se a lei não produz santidade, porque Deus a deu? Paulo descobriu duas respostas a esta pergunta. (1) A lei é espiritual, mas, (2) O homem é carnal. A lei nos revela o pecado (vs. 7) porque condena, justamente, as coisas que nós praticamos. A lei dá vida ao pecado (vs. 8) e assim é fácil para o pecador reconhecê-lo. A lei mata o pecador (vs.9-11) espiritualmente e assim é mais fácil reconhecer as suas fraquezas. Finalmente, a lei revela que o pecado é excessivamente maligno (vs.13) 
O pecador não pode ser salvo pela lei, não porque a lei de Deus não está boa, mas porque a sua natureza não pode ser controlada pela lei. A velha natureza não PODE ser controlada pela lei, e a nova natureza não PRECISA ser controlada pela lei. 
 
III. Dois princípios  7:15-25

Paulo agora conclui que há dois princípios (ou leis) que operam na vida do crente. (1) a lei do pecado e a morte, e (2) a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus. (8:2) 
Assim Paulo esta tratando das duas naturezas do crente. Salvação não significa que Deus muda ou limpa a velha natureza. A velha natureza do crente está tão má depois da salvação como antes.
Salvação quer dizer que Deus dá uma NOVA NATUREZA ao crente e crucifica a VELHA NATUREZA. O crente ainda tem a CAPACIDADE de pecar, mas agora ele tem novos desejos. O desejo de pecar está inferior ao desejo de servir a nosso Deus. 
(1) A lei do pecado e a morte são simplesmente a operação da velha natureza. Quando o crente quer fazer o bem, o mal está sempre presente. Até as coisas boas que nós fazemos só na carne estão contaminados com o pecado (vs.21). Aqui achamos a diferença entre a vitória do  cap. 6 e a do cap. 7. No cap.6, o crente está vitorioso sobre as coisas malignas da carne (ele larga os vícios, etc). No cap. 7, o crente está vitorioso sobre as coisas boas da lei que a carne tem vontade de fazer pensando em agradar a Deus. Só na carne não podemos agradar a Deus, porque a carne é inimizade contra Deus (8:7) .
(2) A lei do espírito da vida luta contra a lei do pecado e a morte. Não é pela submissão as leis que nós crescemos na santidade, mas pela submissão ao Espírito Santo. Nós não podemos cumprir a justiça da lei em nossa própria força, mas o Espírito pode nos ajudar pelo seu poder. (8:3-4) 

Romanos Capitulo 8
 
O Espírito X A Carne (Romanos 8:1-17)
 
No final do capítulo 7, Paulo disse que Jesus Cristo é a resposta à necessidade mais urgente do homem: a libertação da morte espiritual (7:24-25). O capítulo 8 afirma que Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) trabalha para a salvação dos fiéis. É um capítulo que consola todos que lutam contra o pecado no serviço ao Senhor.
 
Livres em Cristo (1-4) 
 
Aqueles que estão em Cristo foram libertados de:
 
A. Condenação (1);
B. A lei do pecado (2) ;
C. A lei da morte (2) . 
 
Em Cristo, Deus fez o que a lei não podia fazer (3-4). Jesus veio na carne para fazer o que a lei não fez por causa da fraqueza da carne. Deus, através de Jesus, condenou o pecado. Assim ele cumpre o propósito da lei em nós. A lei era oposta ao pecado (condenou o pecado), mas não venceu o pecado. As pessoas sujeitas à lei ainda andavam na carne, sujeitas à morte. Em Jesus, Deus condenou e venceu o pecado. Aqueles que participam dessa vitória andam segundo o Espírito, não segundo à carne.  
 
Espírito X Carne (5-17) 
 
Este trecho apresenta vários pontos de contraste entre a carne e o Espírito:

Carne Os que inclinam para a carne cogitam das coisas carnais
Espírito Os que inclinam para o Espírito cogitam das coisas espirituais
Carne O pendor (inclinação ou tendência) da carne leva à morte
Espírito O pendor do Espírito leva à vida e à paz
Carne Inimizade contra Deus
Espírito Os fiéis estão no Espírito
Carne Não sujeito à lei de Deus
Carne Não agrada a Deus
Espírito Cristo habita nos fiéis
Carne Não pertence a Cristo
Carne Corpo morto por causa do pecado
Espírito O espírito é vida por causa da justiça 
Espírito O Espírito de Deus ressuscitará o corpo daqueles em que ele habita
Carne Aqueles que vivem segundo a carne caminham para a morte
 Espírito Aqueles que, pelo Espírito, matam os feitos da carne, caminham para a vida
Espírito Os filhos são guiados pelo Espírito
Carne Aqueles que andam segundo a carne são escravos, atemorizados
Espírito Os filhos andam segundo o Espírito e gozam intimidade com Deus
Espírito  Os filhos de Deus são seus herdeiros, e serão glorificados com Cristo
 
 
Sofrimento e Esperança (Romanos 8:18-25)
 
No versículo 17 (veja o artigo sobre Romanos 8:1-17 na edição anterior), Paulo falou do nosso sofrimento em relação ao sofrimento de Cristo, e também em relação à esperança da glória. Neste parágrafo, ele desenvolve este tema, confortando os discípulos com o conhecimento do poder ativo de Deus em nossas vidas. Apesar das angústias na vida presente, o servo do Senhor tem esperança e confiança da glória por vir. Considere os contrastes apresentados na tabela abaixo.
 
A  Ardente Expectativa
 
A expressão "ardente expectativa" usada no versículo 19 vem de uma palavra grega que significa "olhar ou vigiar com a cabeça separada (ou com o pescoço estendido)", como uma pessoa olha em grande esperança para a chegada de alguém. Se a criação em geral aguarda com tanta expectativa a glória preparada por Deus, como nós devemos nos esforçar para alcançar a bênção da presença eterna do Senhor!
 
Mais Que Vencedores! (Romanos 8:26–39)
 
“Se Deus é por nós, quem   será contra nós?” (31). O homem precisa de livramento (7:24) que vem somente em Jesus Cristo (7:25). Uma vez resgatado da escravidão na carne, anda segundo o Espírito (8:1-4) como um filho e herdeiro de Deus (8:14-17). Ainda depois de receber a grande bênção da redenção, os filhos de Deus sofrem num mundo corrompido pelo pecado, esperando com paciência a libertação final (8:17-25).
Na situação atual do discípulo de Jesus, o que Deus faz para ajudar? Lembramos que ele faz “muito mais agora” para nos levar à salvação eterna (5:6-11). Estes últimos versículos de Romanos 8 nos asseguram que Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – continua ativo para nos proteger e nos salvar.
 
O Espírito Intercede por Nós (26-27)
 
Há momentos em que não achamos as palavras para expressar os nossos sentimentos. Se acontece na comunicação entre seres humanos, muito mais quando o homem tenta comunicar com Deus. O Espírito vai além das palavras para comunicar a Deus o que nós não conseguimos.
 
Deus Dá Tudo para Nos Salvar (28-33)
  
Em momentos de angústia, é difícil ser otimista. Mas, o servo de Deus pode olhar para além das dificuldades atuais e confiar na sabedoria do Deus eterno que o ama. Desde a eternidade, ele trabalha para o nosso bem. E ele não mede esforço! Deu seu próprio Filho para nos salvar e obviamente não recusará qualquer outra coisa que seja necessária para a nossa salvação. O terrível acusador foi expulso da presença de Deus (Apocalipse 12:10), e ninguém consegue condenar os herdeiros de Deus. 
 
 Jesus Também Intercede por Nós (34-39)  

Jesus morreu, ressuscitou e está à destra do Pai intercedendo por nós! Ele venceu os inimigos, até a própria morte. Sabendo do poder ilimitado de Jesus, “Quem nos separará do amor de Cristo?” (35). Mesmo na hora de ser entregue ao matadouro, o cristão tem a confiança da vitória. Nenhum sofrimento e nenhuma criatura podem nos separar do amor de Cristo. 

“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.V 37
 
Carne  X Espírito
 
Os que inclinam para a carne cogitam das coisas carnais.
Os que inclinam para o Espírito cogitam das coisas espirituais.
O pendor (inclinação ou tendência) da carne leva à morte.
O pendor do Espírito leva à vida e à paz .
Inimizade contra Deus.
Os fiéis estão no Espírito.
Não sujeito à lei de Deus.
Não agrada a Deus.
Não pertence a Cristo.
Cristo habita nos fiéis.
Corpo morto por causa do pecado.
O espírito é vida por causa da justiça.
O Espírito de Deus ressuscitará o corpo daqueles em que ele habita.
Aqueles que vivem segundo a carne caminham para a morte.
Aqueles que, pelo Espírito, matam os feitos da carne, caminham para a vida.
Os filhos são guiados pelo Espírito.
Aqueles que andam segundo a carne são escravos, atemorizados.
Os filhos andam segundo o Espírito e gozam intimidade com Deus.
Os filhos de Deus são seus herdeiros, e serão glorificados com Cristo.
 
Romanos Capitulo 9
A OBRA CONSUMADA DE CRISTO

Deus: Fiel e Justo (Romanos 9:1-18)

O capítulo 8 nos assegura do poder e do desejo de Deus de salvar o pecador. Como, então, seria possível algum israelita, alguém do povo escolhido, não ser salva? Neste capítulo, Paulo mostra por que alguns descendentes (segundo a carne) de Abraão seriam perdidos.

Os Judeus Incrédulos (1-5)
A condição espiritual de alguns parentes de Paulo causou-lhe dor constante. Se fosse possível, ele até daria a sua própria alma para salvá-los (1-3). Mas não podemos tomar decisões por outros, nem obrigar alguém a ser salvo. Os parentes e compatriotas dele eram israelitas. Receberam todas as vantagens dadas por Deus aos judeus. Mesmo assim, não aceitaram a salvação em Cristo (4-5).

Deus Não Falhou (6-13)
O problema não é a palavra de Deus (6). O problema é que alguns israelitas não são israelitas! (7). Aqui Paulo faz a mesma distinção que encontramos em passagens como João 8:39-40,44, Romanos 2:28-29 e Gálatas 3:26-29. Israelitas verdadeiras são os descendentes espirituais (da promessa) de Abraão, e não os descendentes segundo a carne (7-8).
Deus escolheu os filhos da promessa. Escolheu Isaque e Jacó, assim rejeitando Esaú (9-13). Nenhum judeu reclamaria porque Deus escolheu um filho (Jacó) e rejeitou o outro (Esaú). Mas se ele escolher gentios e rejeitar judeus, alguns o acusariam de injustiça!
O problema não é a palavra de Deus (6). O problema é que alguns israelitas não são israelitas! (7). Aqui Paulo faz a mesma distinção que encontramos em passagens como João 8:39-40,44, Romanos 2:28-29 e Gálatas 3:26-29. Israelitas verdadeiras são os descendentes espirituais (da promessa) de Abraão, e não os descendentes segundo a carne (7-8).Deus escolheu os filhos da promessa. Escolheu Isaque e Jacó, assim rejeitando Esaú (9-13). Nenhum judeu reclamaria porque Deus escolheu um filho (Jacó) e rejeitou o outro (Esaú). Mas se ele escolher gentios e rejeitar judeus, alguns o acusariam de injustiça!

Deus É Justo (14-18)

Deus tem direito de mostrar misericórdia para qualquer um, conforme a sua própria vontade. Quando ele exerce esse direito, ele continua sendo justo (14-18). Ele não foi injusto por condenar os judeus incrédulos.
Estes versículos são facilmente distorcidos para ensinar que Deus simplesmente decidiu condenar alguns e salvar outros, e que a pessoa não pode fazer nada para efetuar a sua própria salvação. Ironicamente, o contexto argumenta ao contrário. Ao invés de defender um sistema diferenciado em que Deus salva e condena conforme seu próprio capricho, o argumento de Paulo é que ele salva judeus e gentios igualmente. O pecado do homem é culpa do homem (3:23), e a morte do homem é conseqüência do pecado (5:12). A justiça de Deus destruiria todos, se Jesus não tivesse se oferecido para aplacar a ira divina (3:26). Quando Deus mostra a sua misericórdia e salva todos que aceitam o evangelho, ele continua sendo justo. Deus é o mesmo e o evangelho é um só. A diferença se encontra na reação dos homens à mensagem de Deus.
Considere a injustiça dos próprios judeus. Se Paulo tivesse escrito um livro dizendo que os gentios seriam rejeitados como Ismael, Esaú ou o Faraó, os judaizantes não teriam nenhuma diferença com ele. Mas quando ele defendeu a salvação dos gentios nos mesmos termos dos judeus, ficaram totalmente revoltados!

Os Vasos de Misericórdia (Romanos 9:19-33)

A primeira parte deste capítulo mostra que Deus, sendo justo, pode mostrar misericórdia para qualquer homem – até para os gentios. Quando Deus, na sua misericórdia, oferecia algumas vantagens grandes aos judeus, eles não reclamaram. Agora que ele oferece bênçãos espirituais a todos – judeus e gentios – alguns podem distorcer o sentido da misericórdia e acusar Deus de injustiça. Neste trecho, Paulo responde a estas objeções.
Devemos lembrar do princípio já estabelecido nos primeiros capítulos do livro. Se for aplicar apenas a justiça de Deus, todos os homens seriam perdidos, pois todos pecaram (3:23) e o pecado leva à morte (6:23). Quando se trata de misericórdia, o pecador é poupado e não sofre a conseqüência de seu erro, pela bondade não merecida que Deus lhe oferece. Nem judeu nem gentio pode se justificar e satisfazer a justiça de Deus. Ambos dependem da graça, da misericórdia, demonstrada no sacrifício de Jesus, pelo qual Deus se mostra justo e justificador (3:25-26).

O Oleiro e os Vasos (19-29)

Aqui Paulo reconhece que alguém, na arrogância humana, poderia culpar Deus por exercer seu direito de mostrar misericórdia. Uma possível objeção: Se Deus aceita e rejeita quem ele quer, como ele pode condenar alguém? Não foi o próprio Deus que decidiu tudo? (19). Esta objeção não é tão diferente da doutrina, muito difundida hoje, da predestinação, que sugere que a salvação e a condenação dos homens dependem somente do capricho de Deus. Pessoas que defendem tais idéias precisam ler a repreensão dada aqui por Paulo.
Da mesma maneira que o oleiro decide que tipo de vaso fazer, Deus tem todo direito de definir quais pessoas ou grupos de pessoas receberão a sua misericórdia. Quando ele decidiu salvar os crentes (judeus e gentios) e condenar os descrentes (judeus e gentios), ele agiu dentro de sua soberania (20-21). Deus tem direito de determinar a hora para castigar os malfeitores, como também para salvar os fiéis (22-23).
Os cristãos, sejam judeus ou gentios, são aqueles que receberam a misericórdia dele (24). Deus fez, na salvação dos gentios, exatamente o que Oséias previu na sua profecia (25-26). Oséias jamais sugeriu a salvação sem obediência. Os que receberam a misericórdia de Deus foram os mesmos que se arrependeram e se converteram ao Senhor (Oséias 14:1-4). Nessas condições, Deus mostrou a sua misericórdia.
Quanto aos judeus, Deus salvou o restante que se converteu, e castigaria os outros, que o rejeitaram, exatamente como profetizou Isaías (27-29). Isaías 1:9, citado no versículo 29 aqui, mostra que a justiça de Deus teria destruído todos os judeus. Foram salvos pela graça. Quem depende da graça não pode se queixar da salvação dos outros!
Salvação pela Fé (30-33)

A conclusão:
 
    - Os gentios não buscavam a salvação, mas alguns a alcançaram pela fé (30). 

    - Os judeus buscavam a salvação na lei, mas não a encontraram (31).

Por que? Porque a salvação não vem pelas obras da lei. Quando tentaram se salvar pela lei, rejeitaram a salvação em Cristo, a “pedra de tropeço” (32-33).
 

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