sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SALMO 129:3

“Sobre o meu dorso lavraram os aradores; nele abriram longos sucos”. Sl.129:3
   
Esta é uma metáfora singular usada pelo salmista para descrever as suas muitas aflições. Você já viu um lavrador arando o campo à maneira antiga? Ele usa um arado de aço extremamente aguçado, e à medida que o lavrador ara o campo este instrumento se enterra no solo, virando os torrões, desnudando o campo, e abrindo grandes sulcos.        
    Trata-se de uma descrição bastante acurada da maneira como Deus trata conosco. Queridos amigos, quantas vezes nossa alma se assemelha ao campo do agricultor. Quantas vezes Deus permite que diferentes pessoas, circunstâncias e eventos entrem em nossa vida. E eles penetram em nossa alma como o arado de aço no solo – lavram profundamente nosso dorso e fazem longos sulcos: cortam, reviram, desnudam a alma e a fazem sangrar.
    Foi dito acerca de José que sua alma penetrou no ferro (Salmo 105.18, Tradução Alternativa). Isto se enquadra muito bem na experiência aqui descrita. A cruz corta profundamente e  penetra a nossa alma, perturbando-nos, colocando-nos desnudos e sangrando diante de Deus e do homem – revelando quais são os nossos pensamentos, manifestando aquilo que sentimos, e descobrindo qual a nossa vontade.
    O ferro e o aço penetram em nossa alma. Que experiência penosa! Sabemos porém a razão pela qual o lavrador ara o campo e faz sulcos longos e profundos? Não é por puro prazer que age assim! O lavrador tem um propósito final. Ele ara o campo, abre valetas e faz sulcos longos e profundos com a idéia de plantar sementes e com a esperança de eventualmente fazer uma dourada colheita. A aradura é feita com o intuito de plantar e colher. Quantos mais profundos e longos sulcos tanto mais fácil será plantar mais sementes e fazer uma colheita maior.
“Saulo, Saulo, por que me persegue? Dura cousa é recalcitrares contra os aguilhões”. Atos 26.14
 

Essas palavras foram ditas pelo Senhor a Paulo na estrada de Damasco. A expressão “recalcitrar contra os aguilhões” era um provérbio rústico extraído da vida agrícola e usado pelos gregos para indicar resistência manifesta a um poder superior. O aguilhão é um instrumento empregado para dirigir os bois. Consiste de uma vara de cerca de dois metros de comprimento, pontiagudo, algumas vezes revestido de ferro na ponta. Quando o boi ainda jovem era colocado na canga pela primeira vez, ele geralmente se ressentia dela e tentava fugir. Se estivesse jungido a um arado dirigido com uma só mão, o lavrador levava na outra um aguilhão que mantinha próximo aos cascos do boi, e sempre que ele escoiceava, a ponta o feria cada vez mais profundamente. O boi tinha de aprender a submeter-se ao jugo da maneira mais difícil, como acontece com Paulo. Com esta idéia como cenário, podemos extrair uma preciosa lição como isto: “Submeta-se ao meu jugo e faça a Minha obra em meu Campo! Saulo, você sempre se ressentiu deste chamado porque sempre desejou seguir o seu próprio caminho! Sabia perfeitamente que Meu caminho é contrário ao seu, e Minha obra contrária à sua. Esta é a razão porque uso hoje o aguilhão em você. Apesar de me ter rejeitado muitas vezes, deve ter agora compreendido que é na verdade difícil protestar contra o aguilhão. Saulo, você se rende agora? Está muito ferido? Já teve o suficiente, não é? Você está disposto a submeter-se a Mim incondicionalmente doravante, para que possa guiá-lo  e dominá-lo, e a fim de que a Minha vontade possa ser feita através de você?”
 

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