“Que queres que eu te faça?” Lc 18: 41
Que queres que eu te faça?
Essa é a pergunta que Jesus fez há um cego que estava assentado pedindo
esmolas, no caminho para Jericó. Só Jesus mesmo poderia fazer uma
pergunta destas! Os que iam à frente repreendiam o cego. Vocês conseguem
imaginar a cena? – “Cale-se: você esta importunando o mestre” – “Ele
têm coisas maiores e mais importantes para fazer, do que se importar com
gente como você”. Conseguem ver? Cristo tem mais carinho e compaixão
pelos suplicantes do que aqueles que o seguem. Será que somos mesmo
seguidores de Cristo?
Temos um número muito grande de “cegos”
em nosso caminho. Chamo os de “pessoas invisíveis”. Sim, porque ao que
parece - essas pessoas são invisíveis aos nossos “olhos perfeitos”.
Fingimos não vê-los nas calçadas, assentados à beira de nosso caminho.
Fingimos que não estão ali e passamos com muita pressa, dissimulados.
Mas Jesus, Jesus não. Jesus caminha entre os doentes e carrega suas enfermidades. Ele para, chama e pergunta: Que queres que eu te faça?
Interessante notar que Jesus não pregou. Já repararam? Jesus apenas
pergunta qual é o problema, o que ele (cego) quer, e dá a resposta.
“Recupera a tua vista; a tua fé te salvou.” Que resposta!
Qual seria a sua resposta? Qual seria a minha?
Muitos de nós nem olharia.
Alguns dariam uns trocados. Outros nem isso. Precisamos nos perguntar
que tipo de Evangelho nós vivemos e pregamos. Será um que só existe da
boca para fora? Ou será um Evangelho que é respirado, vivido em
plenitude. “Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente. Tiago 2: 24”.
Lembrando que Tiago não está
falando de salvação e sim de fé. Fala a um povo que se esquece de
estender as mãos aos suplicantes, aos necessitados.
Pai, por tua graça, faça-nos
mais parecidos com Cristo e menos com os seus seguidores. Que Cristo
veja em nós o reflexo de Sua Infinita Graça e não um corpo vazio.
Aprendamos a estender a mão e a enxergar as pessoas que encontramos em
nosso caminho.
SENHOR tem misericórdia de nós.
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