Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniqüidade, morrerá nela. Ezequiel 33:18.
O
que vamos tratar hoje tem como objetivo mostrar onde estamos e para
onde vamos. Então vamos começar com uma pergunta: Qual a base da
restauração do Senhor? Temos uma base constante e uma base que é
dinâmica e progressiva. Essa base constante diz respeito ao nome e a
Palavra do Senhor. A igreja é base e coluna da verdade. Não podemos
fazer nem ensinar nada que não esteja baseado na Palavra de Deus; o
próprio Senhor nos revela isso ao falar sobre o homem prudente. Ele diz
que o homem prudente é aquele que edifica sua casa sobre a Rocha. E o
que é essa Rocha? De acordo com o nosso Senhor é sobre Ele mesmo e Sua
Palavra. Todo
aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será
comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Mateus 7:24.
É sobre “estas minhas palavras”,
como diz no versículo, que a igreja deve ser edificada. Todos nós
devemos ser aperfeiçoados naquilo que apresentamos e no que praticamos.
Somos aqueles que ensinam e praticam somente sobre a palavra de Deus, e
isso caracteriza a igreja como o testemunho de Jesus Cristo. Sabemos que
o Senhor Jesus ensinou acerca do reino, e é esse ensinamento que
devemos viver andar e praticar sempre na força e dependência do Espírito
de Deus. Devemos conhecer e andar na verdade; e ainda, devemos ajudar
as pessoas conhecê-la e entrar nela. A Bíblia é uma grande avenida, ela
também tem muitas outras coisas, tem pequenas ruas, becos e buracos. E
há um grande buraco. Esse grande buraco é o lago de fogo e enxofre. Esse
é um buraco onde todo aquele que não permanecer no Caminho irá cair.
Estejamos sempre firmados em Cristo e andando na verdade, pois isto
alegra o coração do nosso Pai celestial. Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade. 3 João 1:4.
Se
não soubermos andar na Verdade, como saber para onde iremos? Podemos
entrar em um beco e até cair em um buraco. O Antigo Testamento tem
trinta e nove livros que falam de vários assuntos, mas como interpretar
esses livros? O que eles nos revelam? Precisamos perceber a principal
revelação contida neles. O Senhor quando veio, encontrou o povo de Deus
perdido, um povo que recebeu a Sua Palavra; mas, por não ver a luz nas
Escrituras, se perdeu. E eles entraram por outras ruas, caíram nos
buracos e o Senhor proferiu-lhes uma condenação. O último livro do
Antigo Testamento registra isso: Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias. Malaquias 1:1.
Isso
significa que o povo de Deus se perdeu. Ao invés de tomar o caminho que
o Senhor havia preparado, eles entraram por outras ruas e se tornaram
condenáveis, tanto que a última palavra do Antigo Testamento é uma
condenação, uma sentença contra o povo de Israel. A maneira que
decidimos andar nas Escrituras fará grande diferença no final, definirá
se chegaremos ao lugar que o Senhor nos preparou ou cairemos em
disciplina e condenação. E os incrédulos? Eles serão condenados. João 3:18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
Irmãos,
uma coisa é responder a respeito das Escrituras, outra coisa é praticar
o que já sabemos. Vamos verificar um exemplo nas Escrituras, quando
certo homem, intérprete da lei, que era responsável não somente por
interpretá-la, mas também por ensinar a respeito dela, encontrou-se com o
Senhor Jesus e quis testá-Lo para saber se Ele conhecia e sabia ensinar
as Escrituras. Ele perguntou para Jesus em Lucas
10:25 E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o
intuito de pôr Jesus à prova e disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a
vida eterna? Logo após esta pergunta, Jesus não respondeu, mas fez outra pergunta: Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas? Lucas 10:26. Então vemos o intérprete respondendo precisamente: A
isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração,
de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu
entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Lucas 10:27.
Notem
que o intérprete da lei fez a pergunta no inicio para Jesus, mas Jesus
deixou que o mesmo respondesse, e ele respondeu corretamente. Mas
faltava uma coisa muito importante, a prática. Veja agora a afirmação de
Jesus em Lucas 10:28 Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás.
Isso
indica que uma coisa é responder corretamente, outra coisa, é fazer,
praticar. Ele sabia o que a Escritura dizia, e até mesmo a
interpretação, contudo, não tinha a pratica desta verdade. E a pratica
desta verdade não era outra, senão em amar o Deus encarnado que estava
diante de si. Pois Jesus sempre foi e é Deus e mesmo após o Seu
esvaziamento Ele nunca deixou de ser Deus. Também
sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para
reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus
Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. 1 João 5:20.
Esse
mestre da Lei era muito esperto, ele não seguia o Senhor, mas
acompanhava o que o Senhor dizia, e quando veio testá-Lo, já sabia a
resposta; na verdade, o que ele queria era aparecer. É como se ele
dissesse: “Vejam como eu sei a Lei. Eu vou mostrar aqui como eu sei
interpretar as Escrituras de Deus.” Entretanto o Senhor o expôs quando
disse: “Faça isso, ame a Deus. Mas, como você vai amar a Deus se você
nem O conhece? Você nem sabe quem é Deus. Deus está na sua frente e você
não O ama, pelo contrário, você vem testá-Lo?” Você quer amar a Deus?
Então, você tem que conhecê-Lo, e essa é uma revelação que se o Senhor
não der para o homem, este irá amar uma letra, um papel, um livro
escrito, um evento e até mesmo uma interpretação, contudo, não vai
conseguir tocar na realidade. Tudo
me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e
também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o
Filho o quiser revelar. Lucas 10:22.
Aquele
homem, o intérprete da Lei, citado no evangelho de Lucas, era um judeu,
uma pessoa que conhece a Lei; entretanto, ele não tem revelação e não
reconhece que o Senhor Jesus, diante dele, é o próprio Deus. Ele só
consegue falar de amar a Deus, mas não consegue vivê-Lo. E quem é o seu
próximo? Ele também não sabe. Tanto, que ainda pergunta: Perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Lucas 10:29b. Esse
fato é muito interessante, ele não sabe como amar a Deus, porque não O
conhece e não ama o próximo porque não sabe quem é. Ele é um típico
religioso, sabe falar, mas não sabe fazer porque não conhece nada. A
religião está preocupada consigo mesma, com as suas próprias coisas. Não
está preocupada em servir às pessoas. No conceito religioso, são as
pessoas que têm de servir à religião, sustentando-a; mas, quando as
pessoas estão caídas, feridas sem poder fazer nada, não encontram apoio,
porque a religião quer tudo para si. Se a pessoa não tiver dinheiro,
não tiver um cargo, não tiver nada, ela é deixada de lado. Esta é a
figura da religião. Jesus disse sobre eles em Mateus
23:3 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os
imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Bem diferente do nosso Senhor, porque Jesus primeiro fazia, depois ensinava, isto chama-se ensino prático. Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar. Atos 1:1. Amém.
Graça e paz.
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