A
igreja do Senhor precisa urgentemente encontrar um caminho para
ouvi-lO, para reconhecer o que está em Sua mente, pois só Jesus Cristo
tem o direito de governar sobre a Sua igreja. A Sua primazia não é
apenas no trono dos céus, mas também sobre a Sua igreja. É
responsabilidade da igreja de ouvir e entender o que está na Mente da
Cabeça, para que possamos verdadeiramente expressar aquilo que Ele é,
que Ele tem e deseja para nós o Seu povo. Para vivermos uma vida cristã
pratica, precisamos saber os desejos do Senhor, a sua vontade, os seus
caminhos. Jesus Cristo é a centralidade da igreja, por isso Ele deve
ocupar sempre o primeiro lugar em nossas vidas. Irmãos o nosso serviço
espiritual é apresentar os nossos corpos como um sacrifício vivo diante
do Senhor. Nós sabemos como era feito o sacrifício que era apresentado
no altar no Antigo Testamento. Aqueles sacrifícios falam do aspecto da
cruz, porque altar sempre aponta para a cruz. Em primeiro lugar aqueles
animais eram mortos e eram oferecidos totalmente. Lemos em Levítico 1:4 E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação.
Quando
nós apresentamos os nossos corpos como sacrifício vivo, isso significa a
nossa resposta que estamos dando ao Senhor. Assim como aqueles animais
que eram oferecidos eram mortos, nós também para nos oferecermos ao
Senhor precisamos passar pela cruz e morrermos com Ele. Morremos com
Jesus Cristo, então levemos isso em conta. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Romanos 6:11.
Por que é
necessário morrer? Porque nada, absolutamente nada que há em nós pode
ser usado como instrumento nem da edificação e nem da restauração do
Senhor. O Senhor usa mortos, Ele não usa vivos. Tudo o que nós colocamos
em Suas mãos Ele quebra, Ele parte. Então, aqueles sacrifícios que eram
colocados no altar eram imolados e depois esfolados e a pele era
tirada. Eles eram rasgados pelo meio e todas as entranhas eram
separadas. Depois lavados com água, porque qualquer impureza externa ou
interna que fosse detectada naquele sacrifício, não poderia ser adequado
para satisfação, prazer como aroma suave a Deus. Então, ele esfolará o holocausto e o cortará em seus pedaços. Levítico 1:6.
Irmãos,
aquele lavar que era realizado nas entranhas dos animais que eram
imolados no Antigo Testamento, tipifica o trabalho que o nosso Senhor
está fazendo com a Sua igreja hoje. Lemos em Efésios 5:26b-27. Tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.
Todo
esse processo acontece na vida de altar, ou seja, quando levamos
“sempre e por toda parte o morrer de Jesus em nosso corpo”. É crer que
fomos crucificados, estamos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em
Cristo Jesus. Hoje os filhos de Deus vivem pela Lei do Espírito da vida
em Cristo Jesus, por isso o nosso trabalho é nos apresentar como
sacrifícios vivos a Deus. Pelo trabalho subjetivo da cruz em nós, Deus
pode avançar e avançar em nós, com isso, podemos ser servos uteis a
Deus, como aroma agradável a Ele. Ora,
o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso
Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos
aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós
o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória
para todo o sempre. Amém! Hebreus 13:20-21.
É
necessário que a cruz seja prática em nós, que trabalhe em nós. O que é
o trabalho da cruz? É o Espírito Santo usando a Palavra de Deus fazendo
esse trabalho de divisão, separando alma do espírito, e cortando tudo
aquilo que é nosso para que então a Pessoa de Cristo seja real em nós e
também flua através de nós. Se não houver a operação de morte em nós,
jamais poderemos transmitir a Vida para outras pessoas. A Bíblia é tão
clara quando diz: Porque nós,
que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que
também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida. 2 Coríntios 4:11-12.
Quanta das nossas prestezas provém da alma, quanta
das nossas atividades provém da carne tentando ser educada para servir a
Deus. Irmãos, nós não podemos treinar a carne para ser um bom cristão e
nem treiná-la para ser um servo de Deus. A carne é antagônica a Deus,
ela sempre se oporá a Ele. A carne sempre fará guerra contra o Espírito,
ela sempre resistirá. É por isso que o lugar ideal para a nossa carne é
na cruz. Sob a luz da Palavra de Deus é nos revelado que os que são de
Cristo Jesus “crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências”. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Gálatas 5:24.
Agora precisamos fazer uma importante pergunta: Como
estamos respondendo a Deus ao trabalho da cruz em nós? O trabalho da
cruz depende da nossa resposta a Ele, que muitas vezes pode ser sim,
pode ser não e que pedimos ao Senhor para esperar um pouco. Qual tem
sido a sua resposta ao Senhor? O Senhor disse que “Hoje, se ouvirdes a
sua voz, não endureçais o vosso coração”. Ah! Se déssemos ouvido a Sua
Palavra e a acolhêssemos em nosso coração, certamente a nossa alma seria
plenamente salva. Portanto,
despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com
mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a
vossa alma. Tiago 1:21.
O
trabalho da cruz é indispensável em nós para que o Senhor alcance algo
de testemunho no meio de nós. Nós nunca poderemos ser uma igreja que
traz agrado e satisfação ao coração de Deus enquanto estivermos operando
no que somos, em nosso bom senso, na democracia da igreja, nos
entendimentos particulares de um e de outro, na visão dos mais
adiantados, essa não é à maneira de Deus. Nós precisamos ter capacidade
de consistentemente de ouvirmos o Senhor como Cabeça, nos oferecer ao
Seu altar, para que a cruz trabalhe profundamente em nós, tanto
individualmente como corporativamente. O Senhor quer nos ganhar a cada
dia, mas para isso, precisamos perder tudo o que somos, tudo o que
temos, todo o nosso amor próprio, toda nossa justiça própria, todas as
nossas boas idéias. Esse é o preço de nos oferecermos ao Senhor, para
que Ele recupere toda a Sua glória no meio do Seu povo. Veja que linda
experiência do apóstolo Paulo: Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor. 1 Coríntios 15:31. Vamos concluir dizendo algo que todos já sabem: fomos comprados por Deus e a Ele pertencemos.
Contudo, Ele nos permite sair livres. No tocante a Seu direito legítimo
e redenção, nós Lhe pertencemos, mas Ele não nos obriga a fazer nada.
Se desejarmos servir às riquezas, Ele permite, e, se queremos servir ao
mundo, Ele não nos detém. Se quisermos servir ao nosso ventre, Ele não
nos impede, e, se queremos servir aos ídolos, Ele nos permite fazê-lo.
Deus não faz nenhum movimento; espera até que um dia Lhe digamos: “Ó
Deus, sou Teu escravo, não apenas porque me compraste, mas porque
voluntariamente quero sê-lo”. Não
sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência,
desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou
da obediência para a justiça? Romanos 6:16. Amém.
Deus te abençoe querido(a) - graça e paz.
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