Parafraseando Jesus: “o ingresso ao Espetáculo Eterno é somente pela entrada apertada. Porém, tenham muito cuidado com o portão largo e com a via espaçosa que leva aos incêndios nas boites, às algemas das drogas, ao peso das religiões e à prisão no porão do mundo. Não se sintam seguros e confortáveis porque vêem multidões andando por essa avenida larga e cheia de emoções. A única entrada segura para a Casa de Abba é sempre pela fresta estreita. E é bom lembrar-se: são poucos os que a encontram”. (Mateus 7:13-14).
O portão escancarado e o caminho extenso é o próprio útero materno, bem como a nossa existência terrena. Todos nós já nascemos trilhando, aqui e agora, uma estrada ampla de caos, egoísmo, paixões e rebeldia. Somos a raça altiva dos folgados e descontentes. Não há nada que satisfaça o vazio existencial e as nossas ambições neste mundo de direitos insaciáveis e deveres inaceitáveis. O humanismo teomaníaco é no mínimo desumano com suas propostas de onipotência.
Por outro lado, o cristianismo fala de Deus em pele humana e aponta para porta estreita como sendo rigorosamente a cruz de Cristo, que aniquila a soberba, destruindo a fúria do ego, enquanto focaliza o caminho apertado mostrando, pela fé, a boca aberta da tumba que deixa escoar a vida que nasce da morte.
O vale estreito é a passagem apertada da graça vulgar na mente dos meritocratas. Essa turma repleta de direitos humanos não suporta a suficiência de Cristo. Mas os mendigos que se satisfazem com as esmolas da graça dançam de contentamento com as migalhas que caem da mesa e festejam, com alegria indizível, a sua aceitação incondicional no amor de Abba.
Neste blog vamos celebrar a Festa do Contentamento cada dia.
O velho mendigo do vale estreito.,
Glenio.
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