sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tomaz Germanovix - 1 Mesa do Senhor

  1.  
     

    Mesa do Senhor: “Não pode salvar-se”
    Tomaz Germanovix
    Nós vamos ler uma porção da Bíblia no livro de Mateus, capítulo 27: 33: “E chegando a um lugar chamado Gólgota, deram-lhe a beber vinho com fel, mas ele provando-o não quis beber. Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando sortes e, assentados ali o guardavam.  Puseram escrito em cima de sua cabeça: ESTE É JESUS O REI DOS JUDEUS.  E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda. Os que iam passando blasfemavam meneando a cabeça e  dizendo: Ó tu que destróis o santuário  e em três dias o reedifica, salva-te a ti mesmo se és filho de Deus , desce da cruz. De igual modo os principais sacerdotes, os escribas e os anciões escarnecendo diziam: salvou os outros a si mesmo não pode salvar-se, é rei de Israel. Desça da cruz e creremos nele. Confiou em Deus, pois, que venha livrá-lo agora, se de fato o quer bem, porque disse: sou filho de Deus. E os mesmos impropérios lhe diziam os ladrões que haviam sido crucificados com ele”.
    Sabemos que quando o senhor Jesus cristo chegou naquele lugar chamado Gólgota, também conhecido como o lugar da caveira deitaram nosso mestre no madeiro, o crucificaram, e depois que levantaram à cruz, nós observamos que aqueles que passavam blasfemavam dele, meneavam a cabeça e diziam: “Oh! Tu, que destróis o santuário e em três dias o reedifica, (falavam do senhor Jesus) te salva a ti mesmo se é filho de Deus, desce da cruz.” A bíblia fala na sequência que os próprios sacerdotes e aqueles que compunham o Sinédrio, diziam: “Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se”. Nesta expressão nós temos o escárnio absoluto daqueles que estavam ao redor do senhor Jesus Cristo quando ele estava pendurado naquele madeiro, essas palavras traduzem o maior deboche poderiam estar fazendo do Cristo de Deus que estava ali naquela cruz, no calvário.  Ao mesmo tempo em que, ao olhamos essas palavras, percebemos que não somente elas trazem a verdade da maldade, da crueldade, da falta de misericórdia, da falta de amor daqueles que as falavam, nos sabemos que junto com essa palavras estão inseridas a mais pura , a mais perfeita e a mais sublime verdade de todas, porque quando eles disseram: “salvou os outros a si mesmo não pode salvar-se”, na realidade eles estavam proclamando a essência de toda realidade da própria trindade divina.  Exatamente isso! Aqui, nestas palavras encontra-se a própria essência da vida e da morte do Senhor Jesus Cristo, encontra-se a essência dos tratos de Deus com essa humanidade, encontra-se a essência do calvário!
    Irmãos e irmãs, todos nós lembramos aquela em João 3: 16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Veja a essência destas palavras: Deus, o pai não salvou a si mesmo impedindo que seu filho Jesus Cristo viesse a esse mundo, pelo contrário, para salvar os outros ele deu o seu filho. “Salvou os outros a si mesmo não pode salvar-se”. Esta é a essência que governa o coração da trindade. Que  coisa preciosa! Aqui como nós falamos encontra-se a essência do próprio coração do Senhor Jesus.
    Gálatas 1: 4 traduz exatamente essa verdade quando nós tocamos o coração do senhor: “O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados para nos desarraigar deste mundo perverso segundo a vontade de Deus, nosso pai.” Veja bem: o nosso Senhor Jesus cristo entregou-se a si mesmo, ele não se salvou a si mesmo, para poder salvar os outros. De fato essas palavras apontam para a essência daquilo que governa a trindade: "Salvou os outros a si mesmo não pode salvar-se.”
    Mas nós vemos também que essa expressão que estamos destacando  tocou profundamente o Espírito Santo, porque ele não poupou, não salvou a si mesmo de toda angústia, de todo sofrimento que o Senhor Jesus Cristo experimentou naquela cruz. Nós temos uma cumplicidade na trindade divina com relação a este aspecto: “Salvou os outros a si mesmo não pode salvar-se”, aqui estão palavras de verdade que caracterizam e mostram o caráter de nosso senhor Jesus Cristo. Não que ele não tinha poder para salvar a si mesmo, mas ele nunca usou seu poder divino a favor de si mesmo. Se nós pensarmos numa situação, por exemplo, quando Jesus foi levado ao deserto para ser tentado, o Diabo o tenta primeiramente dizendo assim: “se és filho de deus faça com que estas pedras se transformem em pães”.  Ele o poderia fazer, mas, não salvou a si mesmo de sua fome aguda. Ao olharmos mais adiante no livro de Mateus no capítulo 14, vamos vê-lo alimentando multidões com cinco pães e dois peixes, quando ele multiplicou os pães e os peixes, pôde saciar a fome de toda aquela multidão: “salvou os outros a si mesmo não pode salvar-se”. Ele não pensou em si mesmo, ele pensou nos outros. Nós vemos na palavra do Senhor que ele nunca, em nenhum momento, usou seu poder a favor de si mesmo, mas ele sempre usou seu poder para ajudar os outros. Que preciosidade é essa verdade!
    Outra coisa que nós podemos destacar é que mesmo Ele sendo o Soberano criador do universo, aquele que criou todas as coisas, que criou cada átomo que compõe esse universo, em nenhum momento Ele usufruiu o seu poder divino para que ao menos um impropério a menos fosse lançado contra ele. Poderia usar o seu poder para que minimizasse todos aqueles xingamentos que estavam acontecendo contra ele, mas não usou o poder a favor de si mesmo.  Poderia pelo seu poder diminuir pelo menos um dos açoites que foram dados sobre suas costas, mas ele não fez isso. Por quê? Porque ele não veio pra salvar a si mesmo ele veio pra salvar os outros. “Salvou os outros a si mesmo não pode salvar-se”.  Aqui estão as palavras da essência da trindade, que revelam de modo absoluto tudo aquilo o que o nosso Senhor é no seu caráter.
    Então, quando nós nos reunimos neste momento da ceia do Senhor, nós estamos diante de um Santo, diante daquele que não se preocupou consigo mesmo, ainda que o pudesse fazer. Ainda que pudesse salvar-se a si mesmo. Por quê? Porque ele nos amou, porque ele estendeu o seu braço de amor para nós, porque ele queria nos ter para sempre com ele. Nós somos convidados por ele para estarmos ante a mesa que é dele. Os nossos corações devem estar tocados por esta verdade: a que ponto nosso Senhor Jesus Cristo chegou de abrir mão de todo seu poder, toda sua glória, para que pudéssemos ser ganhos para Ele, para que pudéssemos gozar eternamente da sua presença? Ele poderia ser livrado daquele momento no calvário, se o desejasse, mas não o fez.  Estamos insistindo aqui, mas a verdade é que Ele nos amou.  Derramou sua vida naquela cruz por nós, cada chibatada, cada açoite que foi dado sobre as suas costas, tudo isso foi dado porque Ele se entregou para morrer.
    Lucas 22: 53 diz assim a palavra do Senhor: “Diariamente estando eu convosco no templo não puseste as vossas mãos sobre mim, esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas". Quando o Senhor Jesus se entregou aos homens, Ele se entregou de modo integral, não havia nenhum tipo de restrição, colocada nem por ele, nem pelo Espírito Santo, nem pelo Pai Celestial para que os homens fossem impedidos de fazerem aquilo que estava no coração de cada um deles. Fizeram tudo aquilo que a natureza perversa humana poderia alcançar a fazer, tudo, absolutamente tudo. Diz assim: “Esta é a vossa hora e o poder das trevas”. Ele entregou os homens a si mesmos, há uma expressão na Bíblia que diz que “Deus os entregou a uma disposição mental errada”. Significa que Deus tirou a mão de toda restrição que poderia impedir aquele homem de fazerem aquilo que eles desejariam fazer. É  exatamente isso que aconteceu, os homens foram entregues a si mesmos quando fizeram tudo que fizeram contra o nosso Senhor Jesus Cristo.  O Senhor Jesus Cristo que poderia fazer algo para impedir ou, pelo menos, minimizar toda aquela dor, não o fez. Por quê? Por amor a nós. Então ao consideramos essa passagem: “Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se”, devemos, de fato, estar com os nossos corações quebrantados diante do Senhor, ele fez isso por nós, para nos salvar de nós mesmos.
    Hoje irmãos e irmãs, quando nós temos essa honra, esse privilégio de sermos convidados desse Rei dos reis, pelo Senhor do universo, por Aquele que é totalmente Santo, para participarmos da sua mesa, devemos estar de modo adequado na sua presença, expressando toda nossa gratidão, dando a Ele o louvor que lhe é devido, expressando a Ele toda adoração que lhe é própria.  Que cada um de nós, desde o menor até o maior que aqui se encontra possa estar diante do Senhor com reverencia, com atitude de adoração. E, aqueles que tiveram a liberdade no Espírito, que se expressem orando, lendo textos da Palavra, que adorem e glorifiquem a nosso Senhor. Que os cânticos também possam traduzir todo nosso apreço, toda nossa gratidão a Esse que deu a sua vida por nós.
    “Salvou os outros a si mesmo pode salvar-se”.  Ele fez isso por amor a nós! Que, verdadeiramente, esse ajuntamento traga alegria ao coração do nosso Senhor, amém.
    Vamos orar: Nosso bondoso Senhor nós nos inclinamos diante de ti em adoração, reconhecendo a tão grande obra que tu realizaste naquela cruz por nós, onde tu entregaste a ti mesmo, onde tu padeceste todas as dores, ainda que pudesse ser poupado de todas elas, mas tu te entregaste integralmente, para que nós pudéssemos ser ganhos integralmente para ti, e neste reunir, neste ajuntamento, estamos aqui para prestar-lhe adoração, para dizer o quanto te amamos, o quanto tu és importante, o quanto tu és digno de receber toda glória e toda honra.
    Bendito seja o teu Santo e precioso Nome. Amém.

  2. Mesa do Senhor - Examine-se o homem.
    Tomaz Germanovix
    Mais uma manhã de domingo pela graça e misericórdia podemos estar juntos em torno da mesa que é chamada “Mesa do Senhor”.  A palavra de Deus nos mostra que devemos estar de modo adequado presenciando, vivenciando esse momento.
    No livro de I Coríntios, capítulo 11 diz: "Examine-se, pois, o homem a si mesmo e assim coma." Precisamos pensar um pouquinho nessa expressão "examine-se, pois, o homem", primeiramente, devemos entender o que ela não significa. O examinar a si mesmo neste texto, não significa nós nos constituirmos autodelegados, como se nós fôssemos delegados de nossa própria vida e fizéssemos um exame na base da nossa própria carne. Se nós assim o fizermos vamos entrar numa depressão muito rápida! Mas a frase registrada “Examine-se, pois, o homem a si mesmo”, quer dizer exatamente o seguinte: examine-se, pois, o homem diante da luz de Deus. Todo exame que nós devemos fazer sempre deve ser à luz de Deus. Nunca à nossa luz.
    Nós sabemos da nossa imperfeição, nós sabemos da nossa fraqueza, nós sabemos o quão falho nós somos, quantas vezes temos pecado diante do Senhor e diante dos irmãos.  Então, de maneira prática devemos fazer este exame. Quando vamos diante do Senhor, ao exame da sua luz, devemos assim dizer a Ele, algo prático: Senhor, tu sabes da minha fraqueza e tu sabes o quanto tenho dificuldade em amar aquele irmão ou aquela irmã. Senhor, tu conheces o quanto tenho mimado o meu próprio eu.  Senhor, tu sabes que esse pecado tem me afligido por tanto tempo, Senhor. Eu não tenho conseguido me livrar dele. Senhor me socorra, me ajude.
    Quando nós abrimos o nosso coração neste exame santo à luz de Deus, então nós temos o quê? O socorro bem presente.
     Quem somos nós pra fazermos um autoexame e diante desse autoexame fazermos uma avaliação apenas de cunho psicológico para participarmos desse momento? Não podermos fazer isso! O exame  deve ser feito à luz de Deus, porque nEle, nós encontramos graça e  misericórdia. Examine-se, pois, o homem a si mesmo e assim coma.
    Quando nós fazemos esse exame à luz do senhor, então nós estamos nos preparando de modo adequado para esse momento.
    Atos dos apóstolos 2: 42 a palavra de Deus diz assim: "E perseveraram na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações." Este é um texto muito rico da palavra de Deus que nos mostram quatro fatores essenciais para o caminhar e o avançar da igreja, não somente dentro do contexto daquilo que aconteceu em Jerusalém, mas na história da igreja em todo o tempo. Primeiro, perseveravam na doutrina dos apóstolos, em seguida, como um degrau, na comunhão, no outro degrau, no partir do pão, e outro degrau, nas orações. Não podemos inverter esses fatores, devem ser descritos exatamente como está, nesta ordem.  O partir do pão é a reunião mais significativa da igreja, é a reunião mais sublime que o povo de Deus pode ter. Nós temos tantas outras reuniões. Nós temos a reunião da mutualidade, a reunião de oração, a reunião de ensino, mas essa reunião é o reunir mais sublime que o povo de Deus pode experimentar.
    Quando olhamos para esse versículo, nós verificamos que aqueles irmãos mencionados no livro de Atos perseveravam na doutrina dos apóstolos. Qual seria esta doutrina dos apóstolos? Primeiramente devemos entender que não havia no coração daqueles irmãos a compreensão que temos hoje sistemática, doutrinária. Hoje quando pensamos em doutrina dos apóstolos nós montamos um esquema na nossa mente a respeito de vários ensinos doutrinários, porém, não era essa a ideia ou compreensão que havia no coração dos irmãos. A doutrina dos apóstolos vislumbrava uma única pessoa gloriosa que era Cristo Jesus. Tudo se resumia na pessoa gloriosa exaltada de Cristo Jesus.
    Nós estamos dentro do capítulo 2 de Atos e sabemos que aqui aconteceu o pentecostes. Aquelas 120 pessoas que estavam reunidos no cenáculo eram irmãos, porém, ainda estavam como indivíduos, mas quando o Espírito Santo veio sobre eles, já não eram mais simplesmente 120 irmãos reunidos, eles se tornaram um corpo vivo, pois o Espírito Santo que veio sobre cada um deles e os batizou em um único corpo. Então ali nós temos o nascimento da igreja. Nós temos a seguinte realidade espiritual preciosa: quando Cristo foi exaltado à destra de seu pai, glorificado com toda excelsa de glória, o Espírito Santo veio.
    Nós temos o nosso Cabeça, o Senhor Jesus Cristo, assentado à destra do Pai, do qual provém todo alimento que nós necessitamos, no entanto, temos também outra realidade: a presença pra sempre do Espírito Santo na igreja. Agora, o Espírito Santo é aquele que governa a igreja a respeito de toda vontade do Cabeça que é Cristo que está nos céus.
     Quando nós olhamos para essa passagem relatando que aqueles irmãos perseveravam na doutrina dos apóstolos, vemos que eles tinham no coração, Cristo, com todas as implicações daquilo que Ele fez em benefício da sua igreja. Cristo: esta era a doutrina!  Se olharmos com bastante atenção, o foco principal da mensagem no livro de atos dos apóstolos foi a ressurreição. É óbvio que o Senhor Jesus morreu naquela cruz, derramou seu sangue pelo qual nós fomos totalmente limpos e perdoados, e por ele somos justificados diante do Todo Poderoso, mas esse Cristo maravilhoso que morreu, desceu até o hades e em suas mãos foram colocadas as chaves da morte de do inferno. Hoje, Ele está porque Ele está assentado à destra do pai, reinando soberanamente, nós anunciamos a vitória soberana de Jesus Cristo, e essa vitória é a vitória da ressurreição. Essa era a mensagem que estava no coração daqueles irmãos.
    O primeiro aspecto essencial do caminhar da igreja em todo tempo é anunciar a doutrina dos apóstolos que como temos insistido aqui, compreende, a pessoa gloriosa de Cristo Jesus.  Uma vez que anunciamos a Cristo Jesus, nós proclamamos esse Senhor Exaltado, Glorificado, Ressurreto dentre os mortos. O que acontece na sequência? Cristo tornou-se comum no coração dos irmãos, e isso desencadeou até nós.
     O segundo aspecto importante, a comunhão. Por que comunhão? Porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo gozam de uma comunhão eterna e exatamente essa comunhão gloriosa que Ele quer que nós tenhamos também. Por que podemos ter comunhão? Porque temos algo que nos identifica: Cristo.
    Nós começamos, então, a andar falando de Cristo, os nossos ajuntamentos, o nosso compartilhar, as confraternizações que fazemos, enfim, tudo deve gravitar em torno da pessoa de Cristo, da alegria de pertencemos a Ele.
    Por que na era primitiva aqueles irmãos eram chamados, primeiramente, "os do caminho", e depois foram chamados de "cristãos"? Saibam que cristão era um nome pejorativo, é como se eles dissessem o seguinte: lá vai um homem Cristo, lá vai uma mulher Cristo. Por quê? Porque só falam de Cristo, só meditam de Cristo, o assunto deles é Cristo. Então lá vão os cristãos!
     Uma vez que constituído como corpo de cristo, tendo comunhão uns com os outros, podemos juntos celebrar esse momento que foi instituído pelo Senhor, o partir do pão. Podemos estar juntos diante da sua mesa para expressarmos tudo aquilo que Ele representa pra nós.
    O que nós viemos fazer de manhã aqui, irmãos e irmãs, se não pudermos dizer que nós amamos esse Senhor Jesus, que nós não podemos viver sem Ele, que não há como nós respirarmos se Ele não expressar a sua graça, se não pudermos dizer que Ele é importante pra nós, que Ele é nosso Tudo, nossa Vida, que Ele é toda a nossa necessidade? Sim, é isso que nós viemos fazer aqui.
    Quando olhamos para o partir do pão, de fato concluímos que é o momento mais sublime que o povo de Deus pode ter, porque algo especial  é comum em nós, a vida de Cristo, e por termos uma comunhão podemos celebrar  juntos diante da mesa, anunciando o quão precioso e magnífico Ele é pra nós.
    O quarto aspecto neste texto de Atos, é o aspecto das orações não. Na sequência vemos o povo de Deus orando segundo os interesses do próprio Deus Pai. É quando o povo de Deus se ajunta para orar segundo o coração de Deus, "venha o teu reino". O Senhor Jesus nos ensinou a orar. O Senhor Jesus nos ensinou a orar para que Ele envie ceifeiros, essa é uma oração segundo o coração do Senhor Jesus e dentre outras. Mas o foco principal nesta manhã é este reunir em torno da mesa do Senhor.  Nós não estamos aqui por um mero costume. A cada ajuntamento há a expressão de uma realidade espiritual.
     Os irmãos que aqui estiveram na semana passada se lembram de um ponto importante que mencionamos, dizendo que o participar adequadamente diante mesa do Senhor é em obediência da fé, não há outro meio de nós acessarmos esse momento, senão por obediência da fé.
    Os irmãos se lembram de que fizemos um paralelo da história do povo de Israel, dos capítulos 11 e 12 de Êxodo onde consta a descrição da manifestação da 10ª praga, da última praga, que Deus lançou sobre o povo egípcio, mas, ao mesmo tempo em que era uma praga, era uma manifestação de poder libertador. O Senhor havia ordenado ao seu povo que imolasse um cordeiro, de um ano, macho, que fosse sem mancha, perfeito e o seu sangue fosse aspergido na verga e nos umbrais da porta, do lado de fora. Quando Deus trouxe aquela palavra àquele povo, eles creram na palavra do Senhor, e uma vez que creram tinham que agir obedientemente diante daquele fato, sacrificando o animal e colocando o sangue no lugar devido, eles agiram em obediência da fé. Será que o poder estava no sangue daquele animalzinho? Não, não estava. Não eram eflúvios espirituais agindo sobre aquele sangue que deram à família Israelita a libertação.
    Foi a atitude de obediência da fé à palavra que eles receberam. Então, aquela realidade se constituiu num meio da graça através da qual o Senhor manifestaria uma expressão de realidade espiritual. As famílias que obedeceram experimentaram uma realidade espiritual de livramento e de isenção daquele juízo, aquelas famílias, no entanto, que não fizeram, experimentaram a realidade espiritual do juízo.
    Ao olharmos para a mesa nós contemplamos que não é que o pão se transforma na carne de Jesus e nem o vinho se transforma no sangue de Jesus, eles continuam exatamente como são na sua origem. Não é algo que sofre transubstanciação, mas Deus simplesmente estabeleceu um meio da graça pela qual nós podemos ter acesso à realidade espiritual em obediência da fé. Da mesma forma nós recebemos os benefícios do Senhor  quando nós obedientemente  por fé agimos, este momento é  o meio da graça, assim como a Palavra de Deus é o meio da graça para que o Espírito fale ao nosso coração e alimente nosso espírito. É assim que nós participamos deste momento. Então, não é um momento comum.
    "Examine-se, pois, o homem a si mesmo" e esse exame é à luz de Deus, não é à nossa. E quando nós honestamente, sinceramente e confessamos nosso pecado e dizemos “me ajude Senhor”, e olhamos para o sangue derramado do Cordeiro que foi imolado por nós, então estamos preparados para olhar para este momento, pois sabemos que foi pago um alto preço.
    Irmãos e irmãs, este é um momento importante. É o momento que o Senhor proporcionou para que juntos lembrássemos-nos dele. Será que o Senhor, pensemos irmãos e irmãs, o Soberano, o Rei do universo, simplesmente estabeleceria um ritual para o seu povo? Vocês se reúnam lá no domingo, parte e pão e vão embora. Não pensemos que o nosso Senhor iria fazer uma coisa dessas. Sabe por quê? Primeiramente, Ele quer que nós estejamos juntos ao redor Dele para que tanto nós possamos expressar a nossa adoração, a nossa gratidão, o nosso louvor, o nosso reconhecimento de tamanha santidade que Ele é como também quer se dispensar a nós. Ele vai fortalecer o nosso homem interior, vai se doar a nós. É como se nós disséssemos assim: Senhor, nós não podemos mais viver sem ti Senhor. E ele vai, lá no nosso íntimo e sussurra pra nós: Vocês sabiam que eu também não posso mais viver sem vocês! Nós somos eternamente ligados ao Senhor!
    Este é o momento que o Senhor quer que repitamos sempre, não por costume ou por ritualismo, mas porque é uma realidade espiritual. Este é o momento que Ele se dispensa a nós, para que nós sejamos fortalecidos. Há um alimento genuíno, assim como o pão e o vinho nos alimentam de forma adequada fisicamente, espiritualmente quando obedientemente por fé, estamos acessando esse momento, o nosso espírito vai ser fortalecido, nosso homem interior vai ser robustecido, irmãos e irmãs, é muito lindo, muito precioso!
    A história do Senhor Jesus desde a sua vinda a este mundo, começando no ventre de sua mãe, foi uma história de rejeição, uma história onde o Senhor nunca foi aceito. Se nós pensarmos no Senhor Jesus no ventre de sua mãe, quando ele saiu de Nazaré para Belém, por ocasião do recenseamento, em que Cesar, a mando de Deus, estava exigindo aquele recenseamento, nós vimos que quando seus pais terrenos Maria e José, chegaram à cidade, toda aquela cidade disse não para o Senhor Jesus. Não havia lugar pra ele na hospedaria e ele foi pra onde? Ele foi a um lugar onde vacas e bois ficavam, foi para uma estrebaria e não uma hospedaria. E nós sabemos que quando o Senhor Jesus nasceu o primeiro ar que entrou nos seus pulmões foi um ar azedo, foi um ar de rejeição, foi o ar que ele respirou daqueles animais que estavam lá. Aos dois anos de idade aquele império desencadeou um morticínio, com a morte das crianças de 2 anos pra baixo porque eles odiavam a Jesus e a ele queriam matar. Avançando um pouco mais, quando ele adentrou no seu ministério, ele mesmo disse que veio para os seus, mas, os seus não o receberam e nós sabemos da continuidade,  Jesus olhando pra trás  quando estava no Monte das Oliveiras, olhando para Jerusalém disse assim: Jerusalém, Jerusalém, que mata os teus profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes quis eu reunir vocês, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas  vocês não quiseram. Mas não foi só isso a rejeição, quando Jesus estava indo pra Jerusalém e tinha que passar por Sumária, o que os habitantes falaram? Não pode. Porque o semblante de Jesus era de quem ia pra Jerusalém. Rejeitado. Mas não só isso, Ele foi rejeitado em Nazaré pelos seus próprios conterrâneos, e tem aquela palavra que diz não há profeta sem honra senão na sua própria casa. Aí faz sentido para nós aquele texto que diz: as raposas têm covis,  as aves do céu ninho, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Só houve um lugar neste planeta onde o Senhor foi aceito, foi numa pequena aldeia chamada Betânia, onde viviam três irmãos, Marta, Maria e Lázaro e possivelmente um primo, chamado Simão, o leproso. Foi o único lugar onde foi bem recebido. E ali nós temos a expressão da igreja. A religião o rejeitou, o sistema o tocou fora, mas naquela pequena localidade, naquela casa havia serviço espiritual, havia adoração sincera e havia ressurreição, a manifestação da ressurreição.
    O Senhor está buscando uma Betânia hoje, onde Ele possa ser aceito, onde Ele possa ter descanso, onde Ele possa ser recebido. Será que Ele é bem recebido aqui? Será que podemos dizer “Senhor tu és bem vindo ao meio do teu povo, dos teus santos? Nós queremos dizer que te amamos Senhor. O Senhor pode ser rejeitado pelo mundo, pela religião, mas nós te queremos, nós somos teus. Nós te amamos”.
    É isso que implica esse momento, em dizer que nós o amamos que Ele é tudo pra nós, que nós não conseguimos mais viver sem esse Senhor maravilhoso. Nós precisamos do socorro. Quero concluir dizendo o seguinte: houve mais uma rejeição na vida do Senhor e essa rejeição aconteceu por nossa causa para que Betânia pudesse ser uma realidade. E essa rejeição aconteceu num grau extremado, o Pai teve que abandonar o próprio filho. "Deus meu, Deus meu porque me abandonaste". E ali a palavra abandono tem uma expressão muito forte, é um abandono completo, é virar as costas de modo pleno. Ele precisou sofrer aquele abandono para que nós fôssemos achados. Veja o amor do nosso Senhor, veja a graça dele, veja a misericórdia dele dispensada a nós! Como nós podemos chegar num momento desse e nem sequer dizer Senhor, obrigado? Olha o que ele fez: ele abriu mão de sua vida santa, divina, pura por nós. Então, que nós tenhamos um espírito de adoração e que a nossa alma, como aquele vaso na mão de Maria, possa ser quebrada, para que o verdadeiro perfume de adoração possa chegar a Ele.
    Irmãos, a Ele toda a glória, toda a honra e todo louvor, que as nossas expressões, que as nossas orações, que as nossos cânticos, de fato, cheguem diante do nosso Senhor como aroma suave e Ele possa receber toda a adoração que lhe é devida, toda a gratidão que lhe pertence. A Ele toda glória, toda honra e todo louvor. Bendito seja o nome do Senhor. Amém.

  3. MEDITAÇÃO SOBRE A MESA
    Luiz Fontes
    Amados irmãs e irmãos, vamos abrir a Bíblia em Êxodo 12: 42: “Esta noite será guardada ao Senhor, porque nela os tirou da terra do Egito. Esta é a noite do Senhor. Todos os filhos de Israel devem guardá-la por todas as gerações”.
    Gostaria que vocês considerassem apenas esta frase: “Esta é a noite do Senhor”. Vamos procurar pelos evangelhos entender como foi esta noite.
    Quando estamos diante da mesa do Senhor, corremos um grande risco de participarmos dela apenas por formalismo, às vezes por ritualismos religiosos e tocarmos nestes elementos (o pão e o vinho) sem compreendermos a realidade intrínseca escondida nesta tão maravilhosa realidade que nos foi ortogada pelo nosso amado Senhor Jesus.
    O que significou para Ele nos dar esta mesa? O que significou para Ele ser moído pelos nossos pecados? O que significou para Ele derramar todo o seu sangue em nosso favor?
     Eu vou procurar mostrar a vocês alguns pontos sobre esta “noite”. Vamos começar a partir do Getsêmani olhando alguns detalhes e depois vendo os seis julgamentos que o Senhor Jesus experimentou. É importante saibam que Ele passou por seis julgamentos.
    “Nesta noite” ou durante “toda esta noite”... Para alguns “esta noite”, durou cerca de quinze horas, se começarmos a contar a partir do momento que o Senhor sai do cenáculo e vai para o Getsemani por volta da meia noite e deve ter ficado ali em torno de uma hora, e ha 1 hora da madrugada Ele foi preso. A partir daquele momento, daquelas horas que se seguem, vemos a dura noite que o Senhor teve que enfrentar e passar por nós.
    No evangelho de Marcos capítulo 14, vamos começar entrar nesta noite. À medida que nós vamos entrando, vamos tendo uma real visão de toda dor e agonia que o Senhor suportou, de tudo o que Ele passou no nosso lugar.
    Marcos 14: 32 e 33: Chegaram a um lugar chamado Getsemani, e disse aos seus discípulos: assentai-vos aqui até que eu tenha orado, e tomou consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir pavor e angustia.
     Quero que note a palavra pavor, a tradução desta palavra significa: estar profundamente assustado, estar completamente tomado de perplexidade. É importante que nós busquemos nestas palavras o verdadeiro e real sentido daquilo que nosso Senhor Jesus passou. Talvez muitos de nós que estamos aqui, temos pensado na morte do Senhor, temos refletido sobre ela, mas não da maneira real, por isso eu chamo atenção dos irmãos e das irmãs para que vejamos com detalhes a morte do nosso Senhor. Estas são as primeiras palavras que eu quero que vocês procurem entender, “pavor e angústia”.
    Marcos 14: 34: “E disse-lhes a minha alma está aflita com tristeza mortal”.
    O termo tristeza mortal, significa “dominado”, “com pesar, a ponto de sentir que a própria tristeza começa a lhe causar a morte”. Seria como que morrer, sentir que estava morrendo de uma profunda tristeza. Talvez isto, nos faça entender o que nossos pecados causaram sobre Ele.
     Marcos 14: 35: “E começou a orar para que se possível passasse dele àquela hora”.
    Lucas 22: 34: “Estando em agonia orava mais intensamente e o seu suor como grandes gotas de sangue caiu sobre a terra e disse quando se levantou da oração e foi aos seus discípulos e achou-os dormindo”.
    Temos que estudar os evangelhos e tentar agrupar em quadros todos estes textos, para termos uma visão plena. Cada um deles pode tocar um pouco da esfera do sofrimento do nosso Senhor. Lucas transcreve para nós, talvez do ponto de vista médico. Marcos chega a dizer que o Senhor Jesus orando, caiu ao chão! Meus irmãos não têm palavras para explicar o porquê e o como da experiência do nosso Senhor lá no Getsemani!
    Quando voltamos em Marcos e vamos estudar esta frase no seu original, a ideia é muito clara. Mesmo os escritores não conseguiram traduzir de forma perfeita o “como” deste sofrimento do nosso Senhor. E tendo a palavra de Deus chegado até nós depois de quarenta versões que se passaram ao longo dos séculos muito foi perdido. No entanto, quando diz (Marcos capítulo 14) que quando ele orava caia, esta palavra cair significa perder toda a força do seu corpo e ser jogado ao chão, a ação do verbo no original está de forma contínua, o que significa que à medida que Ele levantava e dava alguns passos, era jogado ao chão e caia com toda a força. O sentido é justamente este: cair ao chão com toda a força do peso do seu corpo. Tamanha dor!
    Lucas, no entanto, descreve uma hematidrose, que é uma dor física acompanhada de um grande e terrível peso violento sobre o corpo, assim, aquelas veias finíssimas, são capilares que se romperam e o suor se tornaram em gotas de sangue. Segundo os cientistas isto só é possível em uma situação em que a pessoa sente o seu interior esmagado por uma dor insuportável, por uma perplexidade, uma angústia indescritível. O Senhor Jesus foi tomado disto! Quando temos uma visão deste quadro, começamos a perceber o que Ele passou lá no Getsemani... Por várias vezes caindo ao chão, com o seu rosto e todo o seu corpo batendo no chão.
     O peso do nosso pecado estava sobre Ele, o peso da dor, da angústia, da perplexidade, da própria morte estava sobre Ele. Então a partir desse momento nós sabemos que Ele foi preso e assim começam os seis julgamentos e Ele passou por cada um deles, permitam-me mostrar a sequencia destes julgamentos.
      O primeiro julgamento está no evangelho de João capítulo 18, versículo 12: “Então a companhia dos soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram.” Aqui começa o dia mais negro da história da jurisprudência. Um tribunal foi montado às pressas para julgar o nosso Senhor. Em menos de quinze horas Ele foi levado da prisão à execução. Quem entende de Direito sabe que isto está errado. João 18: 13 “e levaram-no primeiramente a Anás porque era sogro de Caifás, que naquele ano era sumo sacerdote”.
    O segundo julgamento encontra-se em Mateus 26: 57: “Os que prenderam Jesus o levaram diante do sumo sacerdote Caifás.” Levaram Jesus primeiro na casa de Anás e depois à casa de Caifás onde estavam reunidos os escribas e os anciãos. Aqui eles começaram a questionar a sua divindade, essa situação foi terrível! O Senhor Jesus ficou calado diante deles. A bíblia diz que Jesus permanecia calado e o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos diga Se tu és o Cristo, o filho de Deus (Mateus 26: 63). Esse julgamento tinha em vista a sua divindade. “Então sumo sacerdote rasgou suas vestes, dizendo, blasfemou... Outros cuspiram em seu rosto, e lhe davam murros e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é que te bateu”.
    O terceiro julgamento encontra-se em Lucas 22: 66 (esse julgamento é no Sinédrio): “Quando amanheceu os conselhos de líderes judeus se reuniu, tanto os principais sacerdotes como os escribas e levaram ao Sinédrio dizendo: Se tu és o Cristo, dize-nos. E lhes disse: se lhes digo de nenhum modo crereis”. Mais uma vez, eles começaram acusar o Senhor.
     O quarto julgamento foi diante de Pilatos. Marcos 15: 1: “Logo ao amanhecer, os principais sacerdotes com os anciãos, e os escribas e todo sinédrio, prepararam uma reunião depois de prenderem Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. Pilatos lhe perguntou tú és o rei dos Judeus”?  Observem que são três acusações: a de perverter a nação, de proibir de pagar o tributo a César e o de declarar-se rei dos judeus.
    O quinto julgamento do Senhor está em Lucas 23: 6, 7, 10 e 11: “Tendo Pilatos ouvido isto perguntou se o homem era Galileu. Ao saber que era da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes”.
     “Os principais sacerdotes e os escribas ali presentes o acusando com grande veemência. Mas Herodes juntamente com seus soldados, tratou-o com desprezo, e, escarneceram dele, vestiu-lhe com uma roupa esplendida e tornou a enviá-lo a Pilatos.”
    O Senhor Jesus depois de passar pelas casas de Anás, de Caifás, perante o Sinédrio, perante Pilatos e Herodes é remetido novamente para Pilatos, talvez já fosse 7h 30minutos da manhã.
     Então chega o sexto e último julgamento do nosso Senhor.
    Mateus capítulo 27: 15: “No dia da festa, costumava o governo soltar ao povo um preso que pudesse então tinha um preso famoso chamado Barrabás. Estando, pois eles reunidos, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu solte Barrabás, ou Jesus chamado o Cristo.”
    Mateus capítulo 27: 18 e 19: “Por que sabia que por inveja o haviam entregado. E estando Ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não tenhas nada a ver com este justo, porque hoje em sonho, muito sofri por causa dEle.”
    Mateus capítulo 27: 28 e 29: “Despojando-os das vestes, cobriram-no com manto escarlate e tecendo uma coroa de espinhos puseram-na sua cabeça e uma cana em sua mão direita e ajoelhando-se diante dEle escarneciam dizendo: Salve o rei dos judeus. Cuspiram-lhe e tornaram a cana e golpearam a cabeça. Depois de haver escarnecido, tiraram-lhe o manto puseram suas vestes e o levaram para o crucificar.”
    Irmãos e irmãs, depois de passar por todos esses seis julgamentos o nosso Senhor é encaminhado para ser crucificado.
    Neste último julgamento de volta a Pilatos, a poucos metros não muito longe do palácio de Pilatos, estava a Fortaleza Antonia onde Barrabás condenado à morte encontrava-se. O que é curioso é que quando se estuda este assunto, procurando nos documentos antigos, descobre-se uma coisa extraordinária, o primeiro nome de Barrabás é Yeshua Bar-Abas que significa “Jesus Filho do Pai”,
    Outro detalhe que vamos notar aqui é que eles estavam questionando a divindade de Jesus. Você sabe que quando Pilatos mandou crucificar o Senhor, ele colocou uma palavra acima da cruz: INRI, que na tradução do hebraico arcaico, são as mesmas letras que compõe um acróstico de um antigo tetragama, os judeus  chamam isto de o nome impronunciável de Deus. Quando os judeus perceberam que Pilatos havia colocado aquelas letras na cruz e que elas formavam o acróstico do tetragama, eles pediram que Pilatos as retirasse, porém Pilatos disse: “O que escrevi, escrevi”.
    Imagine que mesmo sem saber, Pilatos estava dando ênfase de que naquela cruz estava morrendo aquele que era Deus com Deus, o Filho de Deus.
    Então irmãs e irmãos o que segue agora é uma tortura que vocês não fazem idéia, a cruz e a morte de cruz foram a forma mais cruel inventada para se exercer uma execução.
    Um grande cientista chamado Frederick Zugibe, gastou 40 anos estudando sobre a morte do Senhor. Ele é um médico legista e as suas descobertas foram incríveis, segundo ele, quando colocaram a coroa na cabeça do nosso Senhor e quando batiam nele com aquele caniço, os espinhos perfuraram o nervo trigêmeo. Do ponto de vista médico este nervo quando é afetado provoca uma dor que em certos casos, nem morfina consegue aliviar. Aqueles espinhos perfurando a fronte e ainda sendo golpeado por um caniço, provocou no Senhor uma dor humanamente insuportável. O Senhor Jesus foi encaminhado, segundo os costumes que regiam a crucificação. Primeiro Ele tinha que passar por um momento de tortura onde Ele deveria levar uma quarentena de açoites menos um. Nestes casos, o preso deveria ficar um pouco debruçado sobre o tronco, seus braços deveriam ficar esticados por duas argolas, bem como os seus pés. Ele tinha de ficar curvado e um especialista em tortura deveria aplicar golpes com um chicote chamado flagelo que tinha oito pontas, quatro delas eram de chumbo e quatro de ossos. Geralmente os presos morriam ali mesmo. Quando o Senhor Jesus levou todos aqueles açoites os chumbos causaram vergões e os ossos estraçalhavam sua carne.
     Podemos ver que a alma o nosso Senhor, desde a meia noite estava sendo tomada de angústia, dor e perplexidade.
    A Ele foi ordenado a levar o madeiro, a cruz, numa estrada de aproximadamente 4 km e foi ajudado por Simão o Cireneu. Segundo a tradição aquela cruz deveria ser colocada no chão, o preso deveria deitar sobre ela, seus braços deveriam ser esticados da mesma forma como se estica a corda de um violino e na região dos punhos eram fixados os pregos, depois suas pernas, deveriam se encolher um pouco, seus pés deveriam ficar flexionados para baixo e assim eram também fixados na cruz . Quanta dor!
    O cientista Dr. Frederik Zugibe, ficou tão incomodado que chegou a prender uma pessoa durante algumas horas na cruz, não com cravos, é claro, e descobriu algumas coisas impressionantes que o deixaram perplexo. Primeiro na posição que o nosso Senhor estava, somando-se todas as dores do seu corpo e a forma como estava na cruz, a sua respiração era mínima, só havia uma forma de ele respirar: se fizesse uma força para frente e voltasse. Mas ao fazer isto sentia muita dor, as câimbras e os espasmos eram tão fortes, que eram insuportáveis. No entanto, o que assombrou não só Frederik Zugibe, mas também todos os cientistas que estudaram a morte do nosso Senhor foram às sete palavras que Ele pronunciou na cruz, para dizer cada palavra, Ele tinha que fazer um esforço enorme e suportar uma dor incrível. Então Ele começa dizer: “Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem.” Vocês não sabem irmãos e irmãs o que custou para Ele dizer estas palavras! Ele já estava totalmente debilitado seu corpo tomado de câimbras e dores era uma dor insuportável do ponto de vista humano.
     Quando o Senhor diz: Tenho sede”, as pessoas acham que Ele estava pedindo água. Não irmãos, Ele estava adorando, Ele estava cantando o Salmo 42: “Assim como as corsas suspiram pela corrente das águas, assim por ti ó Deus, a minha alma tem sede de ti”. Ele estava com sede não de água, o que uma água podia aliviar? Não, não, era água.
     Quando o Senhor diz: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste”. Ele estava cantando o Salmo 22. Ele estava há 6 horas pendurado na cruz. Que dor! Que momento!
    Agora, você consegue entender Isaías capitulo 53 que diz: “Quem deu crédito a nossa pregação”. Quem, quem vai crer nisso? Essa é a mensagem da cruz! “e a quem se revelou o brado do Senhor?” Irmãos, vamos lendo tudo isto e ficando chocados.  “Cresceu como broto diante dEle como uma raiz de uma terra seca não há aparência, nem formosura para que olhemos para Ele, nem atrativo para que nos deleitemos nEle. Era desprezado, rejeitado entre os homens, varão de dores, experimentado no sofrimento, como um que diante de quem se esconde o rosto era desprezado e não o estimamos, certamente Ele levou a nossa enfermidade e suportou as nossas dores e nós o tivemos por castigo, sofrimento de Deus e atido. Ele foi ferido por nossas transgressões, moído por nossos pecados e o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviou pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós, foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca.”
    Você vai ver aqui que Ele diz que agradou ao Pai moê-lo. Como é possível isto irmãos? Por que agradou o Pai moê-lo? Porque foi nEle que o Pai encontrou satisfação da sua justiça.
    O preço era alto demais. O preço que Deus exigiu para nossa redenção foi um preço que estivesse à altura do seu valor, do seu caráter, não podia ser nada menos que isto.
    Aquela transação da cruz, não foi uma transação entre Deus e o Diabo, foi uma transação entre Deus e Deus mesmo. Ele não morreu para satisfazer alguma exigência do inimigo. Ele morreu no nosso lugar para satisfazer o alto preço da justiça de Deus.
     Então, irmãos quando nós olhamos para todo este cenário, o nosso coração é tomado de uma alegria tão grande! Irmãos, como foi possível ele nos amar tanto assim?
    Reunir em torno da mesa do Senhor e contemplar tudo isto, nos traz um alento tão grande, uma alegria indescritível! Quão maravilhosa é a mesa do Senhor!
    E hoje, ele está aqui como digno anfitrião, nos convidando para comer da sua carne e beber o seu sangue. Porque agora nós fazemos parte dEle. Que lindo é tudo isto, irmãos.
    Olhar para a cruz, ver a noite que o Senhor passou para que nós não andássemos mais em trevas, compreender a glória do amor de Deus por nós, a glória da graça de Deus por nós, a glória da glória de Deus. Tudo isto é o que nós vemos no sofrimento do nosso Senhor.
    E hoje saber que Ele está aqui entre nós, recebendo a nossa adoração, recebendo nosso louvor, não é qualquer louvor. Não são palavras quaisquer, nós precisamos do Espírito Santo para nos ajudar na inspiração para adorá-lo, porque Ele é digno, Ele é digno!
    Irmãos eu não tenho condições de traduzir para vocês, mas a tônica das palavras utilizadas em Isaías 53, conforme foram dispostas no original é de pavor. Isaías diz assim: “Quem vai crer nesta pregação?” Só a quem o Senhor revelar, porque humanamente ninguém tem condições de crer.
     Olhe para Ele na cruz, não havia nenhuma beleza, Ele foi desfigurado, literalmente desfigurado. Aquele retrato, “O santo sudário”, é uma das maiores mentiras que o catolicismo romano já pregou. O rosto do Senhor estava desfigurado, o rosto dEle estava inchado, seus olhos estavam inchados, suas feições humanas desapareceram. Porque Este é o nosso Senhor, ninguém te amou assim! Ninguém vai te amar assim!
    Participar da sua mesa é um grande privilégio. Todas as reuniões da igreja são importantes, mas esta é singular.
    Mas agora já podemos não mais contemplar o nosso Senhor assim. A nossa visão agora irmãos é a visão de João na ilha de Patmos. Seus cabelos brancos como a lã, seus olhos como chama de fogo, seus pés como bronze polido, seu rosto como sol com toda força. João disse que quando o viu caiu como morto aos seus pés. Este é o nosso Senhor Ressurreto.
    Hoje o nosso Senhor está diante do Pai como nosso Sumo sacerdote, ministrando Deus para nós. Os sacerdotes aqui na Terra ministravam a Deus, agora Ele ministra diante de Deus.
    Irmãos e irmãs contemplem nessa manhã quem é o nosso Senhor. Que amor Ele tem por nós!  Vejam o Senhor naquela mesa, naquela ceia que Ele nos deixou. Vejam-no sentado com os seus discípulos. João descreve isto no capítulo 13: “E tendo amados os seus, amou-os até o fim.” Vejam o que Ele diz mais a frente: “Novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros”. Não existe nada novo aqui, a nossa parte é esta: “assim como eu vos amei.” Então, Ele vai nos dar um grande exemplo do que é esse amor: “tendo amado os seus os amou até o fim”.
    Segundo as tradições daquele tempo, se você quisesse honrar alguém, se você quisesse mostrar a alguém o seu amor, você convidava seus amigos e convidava a pessoa que queria honrar. Aquela pessoa não sabia que naquela ceia você iria demonstrar o seu amor e carinho por ela. Quando todos estivessem sentados, em determinado momento você iria pegar o pão e iria molhar no vinho e  se dirigiria até aquela pessoa e colocaria o pão na boca dela. E quando você fizesse isto todos naquela mesa saberiam: eis a pessoa que ele tanto ama. Foi o que nosso Senhor fez com Judas naquela noite. Ninguém era tão especial para o Senhor naquela noite como foi Judas, no entanto, ele rejeitou o amor do Senhor.
    Irmãos é este amor que Ele quer que nos contemplemos. É este amor que nos envolve nos abraça. É este amor que nós vamos cantar antes de comer este pão, antes de beber este cálice. É este amor que vamos celebrar.
    Ao nosso Senhor toda glória.
    Transcrição da mensagem proferida pelo irmão Luiz Fontes por      ocasião da Mesa do Senhor em Londrina, Paraná.
      
           

  4. MESA DO SENHOR (01-05-2011)
    Irmão Ernie Hile
    Irmãos e irmãs é sempre uma alegria, um regozijo podermos participar desse momento. Junto com este privilégio o nosso coração deve estar cheio de temor e também de tremor porque nós estamos diante de um momento que não foi criado por nós. Estamos diante de uma realidade que foi estabelecida pelo próprio Senhor da Glória!  Ele quem formulou o convite para estarmos diante da sua mesa e quando nós recebemos o convite do Rei dos Reis, daquele que é o Criador do universo, daquele que tem todo o poder, nós devemos estar diante deste momento com os corações adequadamente preparados. E quando nós sabemos que este Rei, este Soberano Criador é também o sustentador do universo, que é absolutamente Santo, mais ainda, nossos corações devem estar diante da mesa do Senhor de modo adequado.
    Somos convidados para participar do pão e do vinho onde nos é trazida uma lembrança ao coração de uma obra tão sublime, uma obra tão grande que foi realizada lá na cruz chamada de “uma tão grande salvação”. Participamos desse momento, anunciando, proclamando a morte do Senhor até que Ele volte.  Dentro das Escrituras Sagradas esta é a reunião mais sublime que o povo de Deus pode ter, porque é um reunir que tem como finalidade, a adoração, o louvor Àquele que é digno. A única palavra que pode ser traduzida de modo real sublime para este momento é a palavra “adoração”.
     Nós não viemos aqui para pedir ao Senhor alguma coisa, não viemos para falar sobre nós mesmos ao Senhor, mas nós viemos para estar diante Dele, para expressar toda gratidão que há no nosso coração, diante de tão majestosa e sublime presença e também diante de tão grande obra que Ele realizou naquela cruz. Todos nós somos convidados, a palavra de Deus diz que todos nós somos sacerdotes e que devemos estar diante desse momento adorando a Ele, cantando a Ele, falando a Ele tudo àquilo que de fato convém. Toda expressão de gratidão e adoração devem partir do nosso coração.
    Na semana passado o Senhor nos trouxe uma palavra mostrando que é muito importante que nós sempre coloquemos os quatro evangelhos, um ao lado do outro, principalmente quando vamos olhar para o cenário do partir do pão, porque cada evangelista nos traz um ponto da verdade que é muito importante. Quando olhamos, por exemplo, para o evangelho de João capitulo treze (apenas estarmos recordando algo que falamos na semana passada) nós vemos ali algo muito precioso que anteriormente havia sido preparado pelo próprio Senhor: Ele escolheu dois dos seus discípulos, João e Tiago, e pediu que eles entrassem na cidade e seguissem um homem que tinham um cântaro de água  sobre suas costas,  entrassem na casa onde aquele homem entrasse e que falassem com o dono daquela casa, porque ali estaria um cenáculo separado para que Ele pudesse celebrar a páscoa com os seus discípulos. O cordeiro que havia sido morto pelo sacerdote no templo, agora havia sido trazido ali para que junto com as ervas amargas, as quatro taças de vinho, os pães azmos, para pudesse celebrar a ultima páscoa com os seus discípulos. Mas o interessante é que o Senhor Jesus mandou preparar também aquela bacia, uma jarra de água e uma toalha. Ele pediu para que ali estivessem estas coisas também, então quando eles se aproximaram daquele cenário, entraram normalmente. Para que as pessoas pudessem participar daquele momento de modo adequado, era costume da época quando se chegavam a um ambiente como este haver um servo ou uma serva para que pudesse lavar os pés de todos aqueles que estavam chegando ao ambiente, esta era uma tradição necessária devido às próprias condições daquela época. No entanto, naquele momento no cenáculo não havia este servo ou esta serva, normalmente era a filha do servo ou o filho do servo, alguém mais inferior ao próprio servo que fazia aquele serviço de lavar pés. Então ao chegarem naquele ambiente, os discípulos entreolharam-se para ver se entre eles havia alguém que pudesse realizar aquela tarefa, mas não conseguiram ver ninguém. O que eles fizeram? Sentaram em volta da mesa, procuraram o melhor lugar, com os pés sujos mesmo. Aí nós temos aquele cenário que mencionados na semana passada, o Rei o Soberano do universo, levantou-se do seu lugar, tirou a sua vestimenta, colocou a toalha enrolada no seu corpo, pôs a água na bacia e começou lavar os pés de um por um dos seus discípulos. Irmãos, isso nos mínimo tem que tocar o nosso coração! Aqueles discípulos dentro daquele quadro todo, um pouco antes sabe o que eles discutiam? Quem dentre eles seria o maior no Reino. Essa era a discussão dos discípulos! E aquele que é o Soberano, irmãos e irmãs, aquele que tem todo o poder, levantou-se do seu lugar e então, tirando a sua vestimenta, este é um gesto significa o seguinte: Ele livrou-se da sua condição de homem comum para vestir o traje daqueles que eram totalmente humilhados pela sociedade, os desprezados, os servos! Olha que contraste irmãos e irmãs!  O Rei Soberano do universo tendo uma atitude como aquela. Aí nos sabemos que vem aquela fala do Senhor Jesus no final do capitulo treze, depois do versículo trinta e quatro, mostrando o seguinte: “Olha vocês ouviram o que foi dito, amarás ao próximo como a ti mesmo, isso dizia a lei, mas um novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros como eu vos amei, assim que devemos amar, é assim.” O amor, segundo a palavra de Deus tem via única, não tem dupla via, ninguém espera ser amado, nós fomos convidados para amar, o resto é conseqüência.
    Mas eu gostaria dentro desse pensamento avançar um pouco mais lendo o livro de Filipenses 2: 5 em diante: “Tende em vós a mesma mente...” no original, a mesma mente, não é o sentimento “a mesma mente que houve também em Cristo Jesus, pois Ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus, antes a si mesmo se esvaziou assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens, e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.” Nós temos aqui o registro de uma das passagens mais sublimes registradas no Novo Testamento, quando nós pegamos esta passagem e a colocamos ao lado de outras duas passagens também sublimes, como, por exemplo, Colossenses 1: 14 em diante: “Ele que é a imagem do Deus invisível, primogênito dentre os mortos... pois nEle foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis, as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo da Igreja, Ele é o principio, o primogênito dentre os mortos para em todas as coisas ter a primazia. Porque aprouve a Deus que nEle residisse toda plenitude.” Outra preciosidade é  Hebreus capitulo 1: “Tendo Deus outrora falado aos nossos pais pelos profetas, muitas vezes, hoje nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas.” Ele é o herdeiro de todas as coisas, Ele é o criador de todas as coisas, Ele é o sustentador de todas coisas, Ele que fez a purificação dos nossos pecados, é Ele que foi elevado a mais alta de todas as elevadas alturas e está assentado a destra de Deus reinando soberanamente, é Ele quem herdou o nome mais excelente do que os anjos! Então nós estamos diante de um Rei, de um Soberano, daquele que tem o absoluto poder! Agora irmãos, vamos fazer um contraste destas três passagens com um único versículo do livro de Zacarias, capitulo nove, e aqui nós vamos tocar um pouquinho do caráter desse Senhor absolutamente soberano. Zacarias 9: 9: “Alegra-te muito ó filha de Sião, exulta ó filha de Jerusalém, eis aí vem o teu Rei, Justo e Salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho cria de jumenta.” Ao colocamos este versículo ao lado dos outros que lemos temos algo que toca nosso coração: “eis aí vem o teu Rei, Justo...” Absolutamente justo, humilde, montado numa jumenta, numa cria de jumenta, os nossos corações devem de fato estar quebrantados diante desse que é o Soberano Rei, mas que lavou o pé dos discípulos.
     O que eu gostaria de considerar baseado na leitura que fizemos no livro de Filipenses são as seguintes palavras: “Pois Ele subsistindo...” esta palavra agora “forma” “... em forma de Deus...” “Ele subsistindo em forma de Deus...” Isso significa que a sua pré-existência, ou melhor, a sua existência sempre foi divina, Ele não começou ser Deus, Ele sempre foi Deus. Jesus Cristo era Deus, Ele pré existia como Deus, então Ele subsistia em forma de Deus “... não julgou como usurpação ser igual a Deus, antes a si mesmo se esvaziou assumindo...”, aí outra expressão, “... a forma de servo...” Essa palavra “forma” é muito interessante, no grego se diz “morfe”, nós já ouvimos aquela a “metamorfose”, que significa mudança de forma. Então, Ele tinha forma de Deus e assumiu a forma de servo. Porque Ele não assumiu a forma de um Rei? Por que ele não assumiu a forma de pelo menos, de um governante ou a forma de um homem comum? Mas não, Ele assumiu a forma de um servo, por quê? A resposta é muito simples irmãos, porque a maneira mais adequada, mais perfeita, mais real, mais vívida, que Deus pôde de fato expressar-se foi através de servo. Ali, Deus expressou-se na sua forma mais genuína, mais sublime, mais adequada, que era a forma de servo. Vejam que coisa linda! Jesus veio para servir e não ser servido, Ele disse que: “Aquele que quer ser o primeiro seja aquele que sirva”.
     Nós estamos diante de um Rei absolutamente Soberano que criou o universo, mas que assumiu a forma de servo. Então nós estamos diante de algo muito sublime. Quando nós repartimos o pão e bebemos do cálice, devemos ter isto no nosso coração, que Aquele que é o Absoluto, deixou o seu trono de glória e vestiu uma carne como a nossa, vestiu uma pele igual a nossa e expressou-se de modo pleno, santo, perfeito, como servo. Que o Senhor de fato, irmãos e irmãs, toque isso no nosso coração, para contemplarmos essa beleza que é o Senhor Jesus Cristo.  Essa é a expressão de caráter absoluto, de um Rei absolutamente Rei, Justo absolutamente Justo, mas que não se importou em entrar na cidade de Jerusalém montado num jumentinho, não se importou em lavar pés dos seus discípulos, porque esta é a expressão máxima do seu caráter a humilde, Ele é humilde, absolutamente humilde.
    Que o Senhor nos ganhe irmãos e irmãs, para que isto seja uma realidade em nós, e que ao nos expressarmos diante dEle nesta manhã, possamos nos lembrar que verdadeiramente mesmo sendo Rei, esvaziou-se de si mesmo para assumir a forma de servo.
     Vamos adorá-lo, pois só Ele é digno de receber toda adoração, receber toda expressão de gratidão do nosso ser. Todos nós que fazemos parte da família do Senhor somos convidados para vir à mesa, a tomar do pão, a beber do cálice. Então, vamos nos expressar, irmãos e irmãs, diante do Senhor de maneira adequada, através das orações, dos cânticos, através das leituras, que verdadeiramente Ele receba toda a adoração que lhe é devida. Amém.
  5. Um "pare" pode salvar sua vida!
    Deus deseja lhe comunicar algo antes que você siga adiante e se perca definitivamente. Não está em suas mãos o seu futuro. Um minuto para atender a Deus, aquie e agora, pode significar sua salvação eterna.
    Deus sabe que você precisa ser salvo, ainda que você, por hora, não o saiba.
    Deus o fez com um propósito e agora intervém em sua vida para falar.
    O Deus da glória, Criador único de todas as coisas, revelou-Se aos homens por intermédio de Jesus Cristo, Seu Filho Amado. Ele é o centro e a explicação te todas as coisas. Ele é a luz, a única que pode realmente iluminá-lo.
    DEUS O AMA
    Deus o ama e o compreende. Ele o criou porque desde outrora tem pensado em você. Agora mesmo o encontrou para falar, pois Ele tem buscado a você, ainda que não O tenha percebido. Ele quer lhe dizer que está disposto a perdoá-lo de todo pecado e justificá-lo com base nos méritos de Seu Filho, Jesus Cristo, em Seu secrifício na Cruz.
    O Filho de Deus, que se fez um homem de verdade e o Messias profetizado da história, pagou na Cruz o preço de todos os seus pecados. Ao terceiro dia, ressuscitou e apresentou-Se vivo diante de muitas testemunhas, pois Deus O levantou dentre os mortos para mostrar que Ele é Seu Filho, e que recebeu Seu sacrifício em expiação pelos pecados de todos os homens, para que, quem Nele crê e O recebe, seja eternamente salvo pela fé em Seus méritos e em Seu nome. Se você crê, e por Seua graça decide por Ele, pode invocar agora mesmo a Deus, em nome de Jesus Cristo, e dizer-Lhe de todo o coração que você reconhece que tem pecado muito, mas que, pela Seu graça, se arrepende de todos os seus pecados, e que você O recebe como seu Salvador e Senhor, como o Filho de Deus, ressuscitado dentre os mortos e assentado à desta do Pai, aceitando com fé o sacrifício que Ele fez por você na Cruz, de maneira que Seu sangue o limpa de todos os pecados, pela fé.
    Jesus disse em sua palavra:
    "E o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora".
    "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei".
    "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim".
    Jesus Cristo ressuscitou dentro os mortos diante de testemunhas às quais mostrou Sua glória; e, Ele está vivo! Está assentado à direita do Pai e conhece todos os segredos de seu coração, porém o ama e deseja salvá-lo. Deus deseja que você mesmo se decida definitivamente por meio da Sua graça. Fale com Ele em nome de Seu Filho Jesus Cristo, receba-O pela fé de todo o coração, e entregue em Suas mãos todo o seu ser, seu passado, seu presente e futuro eterno. Se você O levar a sério, Ele também o levará a sério e será fiel a você e à sua fé; Ele é a mesma Fidelidade Divina encarnada, o Testemunho Fiel e Verdadeiro. Reconcilie-se agora mesmo com Deus por meio da fé em Jesus Cristo; arrependa-se, peça-lhe perdão e creia. Não permita que seu orgulho e preguiça arrebatem a salvação eterna prometida por Deus aos que crêem em Seu Filho. Peça-lhe perdão e misericórdia. Ele será justo ao perdoá-lo, pois Jesus Cristo já pagou o preço por seus pecados, e você crê e O recebe da parte de Deus de todo o coração.
    Não se faça de inocente, nem seja descuidado, porque então seus males te alcançarão.
    CRISTO RETORNA LOGO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMUNIDADE MENSAGEM DA CRUZ

Minha foto
Aracati - Ceará, Nordeste, Brazil
IRMÃOS, GRAÇA E PAZ! BEM-VINDOS AO NOSSO BLOG. A COMUNIDADE MENSAGEM DA CRUZ EM ARACATI CEARÁ, É FRUTO DA OBRA REDENTORA DE CRISTO NO CALVÁRIO. QUE DEUS O ABENÇOE E EDIFIQUE RICAMENTE NA PESSOA DE SEU AMADO FILHO JESUS CRISTO. NOSSO COMPROMISSO É COM A VERDADE DA PALAVRA DE DEUS. Endereço: Rua Coronel Pompeu, Nº 1644 (próximo ao Ginásio Polivalente), Vila Olímpica (Cacimba do Povo). E-mail: comunidademdacruz@gmail.com - Pr. OSVALDO MAIA